Prémio Nobel da Medicina não ia seguir ciência

Sir John Bertrand Gurdon nasceu em 1933 na Inglaterra.
O miúdo era bastante irrequieto e teimoso, queria fazer sempre as coisas à maneira dele.
O pai queria que ele tivesse disciplina, por isso ambicionava que ele fosse militar. Mas quando ele foi fazer os testes, o médico do exército diagnosticou-lhe uma bronquite quando ele só estava meio constipado. Conclusão: não conseguiu ser militar.

Quando entrou para a escola, continuou a ser o miúdo que não queria seguir o que os professores diziam.
Apesar de ser bastante curioso com o mundo à sua volta, nomeadamente insectos, o certo é que não prestava qualquer atenção na escola, e resolvia os exercícios como queria e não como os professores pretendiam que os exercícios fossem resolvidos.
Assim, não é surpreendente que neste boletim escolar de 1949, o professor diga que as notas dele são más, e que apesar de ele querer ser cientista isso seria uma tremenda perda de tempo.

Quando acabou a escola, Gurdon candidatou-se à Faculdade de Letras da Universidade de Oxford para estudar Literatura Clássica.
Por um daqueles acasos do destino que ninguém consegue explicar, a administrativa que estava na secretaria da Universidade a registar os pedidos de matrículas, cometeu o erro de em vez de o colocar como candidato à Faculdade de Letras colocou-o como candidato à Faculdade de Ciências.

Após uma licenciatura em Biologia, e doutoramento em Biologia Celular, Gurdon foi considerado o padrinho da clonagem e este ano recebeu, juntamente com Shinya Yamanaka, o Prémio Nobel da Medicina, devido à investigação que levou à conclusão que “células maduras e especializadas podem ser reprogramadas para se tornarem células estaminais, capazes de formarem qualquer tecido do corpo“.

1 comentário

  1. It happens…

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