“Na noite de 30 de Abril para 1 de Maio de 1006, astrónomos de todo o mundo observaram, à vista desarmada, o acontecimento estrelar mais brilhante no céu de que há memória até hoje. A estrela SN1006 — que os egípcios disseram ter um quarto do brilho da Lua Cheia e três vezes o tamanho de Vénus e os chineses garantiram ter sido visível durante três anos — apareceu de repente. Agora, mais de mil anos depois, concluiu-se que na sua origem esteve provavelmente a colisão, ou casamento, de duas estrelas.
A 7000 anos-luz de distância da Terra, na direcção da constelação do Lobo, a SN1006 é uma supernova.
(…)
Como a supernova de 1006 está solitária, a equipa concluiu que só pode ter acontecido uma coisa. Há oito mil anos, duas anãs brancas casaram-se e a sua união foi tão violenta que, sete mil anos mais tarde, no ano 1006, a sua luz chegou-nos com grande esplendor. Hoje, a beleza da supernova, que surge como uma concha esférica de gases, não é menos deslumbrante e ainda pode ser apreciada, mas só com telescópios.”
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2 comentários
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Se naquela era, os astrónomos tivessem ao dispor os mesmos meios que os astrónomos actuais detêm, seria uma experiência magnifica. 😉
No entanto, também não poderiam observar a concha esférica de gases. 🙂
Em contexto, alguns religiosos de certo não encontrariam algo místico como explicação “óbvia” para tal fenómeno.
Mesmo com o conhecimento acumulado, um evento desta magnitude faria as pessoas imaginarem naves alienígenas, “sinais” do apocalipse, etc. 🙁
Parafraseando Carl Sagan: a ciência é, de fato, uma vela no escuro do antisaber.
Excelente artigo.
Abraços.
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