Sinais dos tempos…
“(…) Clark Kent, o Super-Homem sem capa, despede-se da redacção do Daily Planet com um discurso inflamado sobre o que considera ser a cedência do jornalismo face ao entretenimento.
Na edição n.º 13 da nova série do “Super-Homem”, que estará nas bancas esta quarta-feira, Kent é repreendido pelo director do jornal, Perry White, por não ter escrito nenhuma história de primeira página sobre o “homem de aço” em toda a semana. (…) Clark Kent é confrontado com a necessidade de o jornal para o qual trabalha “dar às pessoas o que elas querem ler”.
Depois de se lamentar por ser jovem e estar a ser visto como um antiquado defensor dos jornais em papel, Clark Kent recebe a resposta do seu director: “Os tempos estão a mudar e os jornais em papel estão a morrer. Não gosto dessa ideia, mas a única esperança que temos de continuar a escrever notícias é dar às pessoas o que elas querem ler – para verem na televisão, no ‘qpad’ ou nos telemóveis.” O tom de inevitabilidade percorre todo o diálogo, com o director a formular um desejo: “Se uma história de primeira página sobre uma celebridade qualquer levar as pessoas a pegar num jornal e a tropeçar em notícias a sério…”
(…) Clark vai deixar de ser apenas uma espécie de fato que o Super-Homem veste e vamos ver um Clark mais personalizado, alguém que vai usar a Internet para transmitir uma verdade sem artifícios.” (…) provável que o futuro do jornalista passe por “lançar o próximo Huffington Post ou o próximo Drudge Report”. (…)
O futuro do jornalismo tem sido um dos pontos centrais na nova série do Super-Homem. (…)
(…) a sua demissão reflecte assuntos actuais – o equilíbrio entre o jornalismo e o entretenimento, o papel dos novos media e o crescimento do jornalismo do cidadão”.”
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