Anel de Asteróides

A NASA divulgou recentemente uma ilustração que mostra os 3 possíveis cenários para o desenvolvimento de um anel de asteróides num sistema planetário:

No topo, vê-se um planeta do tamanho de Júpiter a migrar para o interior do sistema solar, atravessando uma nuvem de asteróides e planetesimais, no início do sistema solar, levando à dispersão de material e provavelmente inibindo a constituição de planetas favoráveis à vida como a conhecemos.
No meio, vê-se um modelo semelhante ao nosso sistema solar, em que um planeta do tamanho de Júpiter migra em direcção ao interior do sistema solar, mas fica-se pelo exterior do anel de asteróides, permitindo assim a formação de planetas terrestres mais perto da estrela (apesar de levar a alguma dispersão do material no anel de asteróides).
Em baixo, o planeta gigante não migra, o que faz com que o anel de asteróides se mantenha bastante denso. Neste caso, como existe mais material no anel, também aumenta a probabilidade de asteróides no anel colidirem uns com os outros levando a que alguns se movam na direcção dos planetas interiores, possivelmente levando a um maior número de extinções em massa nesses planetas ou até prevenindo a formação de vida.

Assim, o estudo da NASA com base em observações do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Espacial Spitzer sugere que existe um cenário “ideal” (o do meio) para o desenvolvimento de vida.

Leiam na NASA, aqui e aqui.

Estes estudos são bastante importantes para compreendermos os processos que levaram à configuração actual do nosso sistema solar.
Também são importantes para compreendermos as diferentes variáveis que podem ter influência no aparecimento e desenvolvimento da vida.
E são igualmente importantes para podermos especular sobre o que poderá existir lá por fora e para compreendermos melhor o que formos vendo lá por fora.

No entanto, apesar de tudo isto, as conclusões tiradas para as probabilidades de vida parecem-me demasiadamente “geocêntricas” (ou seja, fazendo do nosso sistema solar um exemplo para tudo o resto) e limitativas à vida tal como a conhecemos aqui na Terra (sobretudo humana).

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