Parabéns Carl Sagan

Li algures e em tempos que já lá vão, que na norte América, Conservadores convictos, vilipendiavam, quiçá com inveja, por Carl Sagan, não pertencer ao seu espectro político, o biliões, biliões. Homem extraordinário de comunicação ímpar, bondoso, apaixonado pelo saber ou conhecimento (como eu),extremamente didático, deixou quanto a mim, para os vindouros, além daquelas qualidades, duas imagens de marca. A tolerância que lhe era intrínseca e os livros. O “cosmos”, adquiri-o em duplicado, o primeiro ofereci-o a um amigo e o segundo editado num aniversário da sua morte de maior volume, com papel de muita qualidade, está guardado religiosamente, de cuja leitura, aprendi uma boa parte daquilo que sei, em relação ao Cosmos. Para ele a minha gratidão. Em 1997 ao entrar na cidade de Viana do Castelo, tendo à minha esquerda o Liceu, onde tirei, como os demais, o curso geral dos liceus, antigo 5º ano, que correspondia, naquele tempo, ao mestrado e doutoramento, tendo em conta os fracos recursos económicos de que a minha família era titular , com o rádio ligado na T.S.F, colhi a informação que a nave automática Pathfinder-sojourner, na sua marca lenta no solo Marciano, tinha esbarrado, num pequeno calhau, que desconheço a sua composição química, ficando imobilizado, para sempre. Na altura e instantaneamente, ao saber que a viagem daquela nave automática, tinha a marca do projeto de Carl Sagan, produto da sua ligação à NASA , e tendo em conta a infelicidade da sua morte, ocorrida pouco tempo antes, fiquei a pensar e a falar com os meus botões, ao “reclamar” por “telepatia” junto da Administração Norte Americana, a oportunidade de poderem batizar, aquela nave automática, com o seu nome. Dei umas voltas pela cidade e fui comprar um livro à Bertrand. Passado pouco mais de uma hora regressei a casa e ao passar junto do mesmo liceu, agora colocado do meu lado direito, a mesma T.S.F., deu a informação de que a Administração Norte Americana, em homenagem a Carl Sagan, tinha resolvido, batizar aquela nave automática com o seu nome. Fiquei imensamente feliz, concluindo, que não foram biliões e biliões mas com certeza milhões e milhões que comigo pensaram precisamente o mesmo e que deram força para que tal tivesse ocorrido, a uma personagem. que sempre reclamei, merecedora de um prémio Nobel. Fica hoje aqui mais uma vez expressa a minha gratidão. Peço desculpa de algum lapso involuntário cometido pela minha memória. Para todos o desejo de um bom fim de semana.
Luís Gonzaga.