Ao que parece, a parceria entre engenheiros e pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP); do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE); da Universidade de Brasília (UnB); do Observatório Nacional (ON); do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); da Universidade Federal do ABC (UFABC); da Universidade de São Paulo (USP); da Universidade Federal do Paraná (UFPR); da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), além da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Universidade Federal Fluminense (UFF); Instituto Nacional de Estudo do Espaço (INEspaço); Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Astrofísica (INCTA); e do Museu de Astronomia de Ciências e Afins (MAST) – na parte da divulgação oficial científica – poderá, finalmente, levar a um feito inédito: o início do Brasil na exploração espacial. (este assunto já foi inicialmente tratado aqui, neste sítio. Clique aqui).
O objetivo científico principal? Lançar, em 2017 e pousar, em 2019, uma sonda no maior asteróide do sistema triplo 2001 SN263. O objeto maior possui 2,8 km de diâmetro. Os dois menores, que o orbitam – em ordem decrescente de diâmetro – 1,1 km e 0,4 km. A base científica deste projeto está alicerçada nos 30 anos de estudos e desenvolvimentos científicos acerca dos satélites espaciais. Na verdade, até a presente data, somente três missões foram realizadas para explorar asteróides (não, Bruce Willis não foi convocado): na virada deste século, a sonda norte-americana Near-Shoemaker pousou em Eros; em 2003, a sonda japonesa Hayabusa, por sua vez, coletou amostras e enviou imagens do asteróide Itokawa; e, neste ano, foi a vez da Dawn (NASA) analisar Vesta.
De fato, na positividade desta missão, o futuro sucesso desta colocará o Brasil no seleto grupo da Exploração Espacial. Tão ou mais importante, permitirá um maior entendimento acerca da evolução estelar – pois este sistema triplo tem indícios de ser um astro que manteve as características orgânicas em sua composição, assim como permitirá o desenvolvimento de áreas relacionadas à Engenharia Aeroespacial e criação de subprodutos benéficos para serem utilizados futuramente pela sociedade.
Para saber mais, adquira a mais nova edição da revista de divulgação científica da SBPC, CIÊNCIA HOJE, número 298. O exemplar deste mês custa somente R$ 10,95. Revistas impressas de alta qualidade como esta, assim como as que certamente virão do AstroPT, precisam de todo o apoio da sociedade, para que as equipes consigam se profissionalizar cada vez mais; vencer a burocracia, para que uma ciência cada vez melhor transmitida possa abranger, sempre, um número maior de pessoas.
Esperamos que a péssima burocracia e a falta de interesse por parte da grande maioria política brasileira – como bem atentou o leitor Denis (no artigo já indicado mais acima) – não sejam um entrave para a execução desse importantíssimo projeto aeroespacial. A ciência só tem a agradecer – e todos nós, sem exceções, somente a ganhar. 😉
11 comentários
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Mim alegro quando vejo fala sobre o arredores da nossa terra!
E que o Brasil consiga o desejado! explora o espaço!
Ok
A as sociacao dos factos é simples ignorancia as pessoas achao que só porque nunca viram uma coisa que é sobrenatural o meteoro da Rússia pode somente acomtecer a cada uma geração de outro modo é simples coecidencia ou sorte para quem é interessado
Olá,
Sim Cavalcanti, é esse mesmo. Obrigado pela atenção e esclarecimentos.
Abraços!
Olá, boa tarde!
Ouvi em um programa de TV ontem falando sobre o meteoro que passou pelo Rio de Janeiro, disseram que daquele jeito que passou não é comum, o rastro que deixou. Gostaria de saber, por favor, por que não é comum e por que estão aparecendo alguns meteoros, disseram também que estão analisando ainda, e poderia ser um avião. Seria um meteoro mesmo ou avião? Obrigado e fiquem com Deus!
Author
Robert,
Trata-se do caso abaixo?
http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2013/02/bola-de-fogo-que-assustou-moradores-do-es-tambem-foi-vista-no-interior-do-rj.html
Caso afirmativo, trata-se apenas da passagem de um avião no crepúsculo civil. Além da velocidade não característica de um asteróide e/ou meteoro, a trilha de condensação de cor característica dar-se-á devido, no pôr-do-Sol, os raios emitidos por este atravessam uma região muito maior da atmosfera terrestre, favorecendo o comprimento de onda maiores da luz visível, tais como o laranja e o vermelho, que possuem maiores valores para lambda.
Após o incidente russo, é normal que pessoas comecem a olhar agora para o céu e comecem a associar eventos cotidianos com eventos raros – tal com ocorreu recentemente na Rússia, noticiado em todos os telejornais do globo. 😉
Olá,
Esses 3 asteroides descritos acima passarão perto da Terra em algum ano? Há algum risco? Ou é apenas exploração mesmo dos asteroides?
Obrigado pela atenção e grande abraço!
Author
Olá RobertAC. Sinto não tê-lo respondido antes.
Esse sistema triplo de asteróides completa sua órbita a cada 2,8 anos. Apesar de se tratar de um NEO (Near-Earth Object), não representa qualquer perigo à Terra. É apenas exploração espacial inédita brasileira.
Grazie.
Abraços.
Desculpa em se meter! más queria saber se vai concretiza essa sonda mesmo! em 2017? se ela já está pronta?
Gostei muito da notícia! Mas tenho que dizer que o escudo da missão ficou péssimo. Se tiver mais detalhes traz pra gente. Gostaria que minha faculdade se envolvesse também.
Author
“(…) o escudo da missão ficou péssimo.”
😉
“Se tiver mais detalhes traz pra gente.”
Também fique atento às novidades trazidas através dos excelentes artigos do Prof. Luís Lopes. 😉