Em 1925, quando os astrónomos pensavam que o Universo era feito de elementos pesados (carbono, oxigénio, azoto/nitrogênio, etc), uma estudante de doutoramento de 25 anos chamada Cecília H. Payne escreveu uma tese de doutoramento (não foram ideias soltas, sem evidências e sem avaliação pelos especialistas, em sites pseudo) onde defendia que o Sol, todas as estrelas, e o Universo em geral era feito maioritariamente de hidrogénio.
A sua tese foi avaliada pelo júri respectivo de astrónomos da altura e foi aprovada, mas o astrónomo mais famoso desta área, Henry Norris Russell, rejeitou as investigações de Payne. No entanto, através de um método diferente de Payne, somente 4 anos depois ele chegou às mesmas conclusões de Payne. Como excelente cientista, em face das evidências, ele deitou fora as suas crenças e opiniões, e aceitou as evidências. Para os cientistas, as evidências, os factos, estão sempre acima de opiniões pessoais. Russell é muitas vezes creditado por esta descoberta, mas por várias vezes ele rejeitou esse crédito, dando o crédito devido a Payne inclusivé no seu artigo científico de 1929 a anunciar as suas conclusões.
O nome de Payne deveria estar ao lado de nomes como Galileu, Newton e Einstein. Infelizmente, o sistema patriarcal da ciência tende a esquecer o nome das grandes mulheres da ciência (isto tem um terrível efeito nefasto na educação das crianças do sexo feminino, que ficam a pensar que “ciência não é para mulheres”).
Actualmente, todos os livros mencionam que o elemento mais abundante no Universo é o Hidrogénio. Mas poucos sabem como se chegou a essa conclusão ou sequer que foi esta grande mulher cientista a consegui-lo.
Nov 29
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Estive a ver estes links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cecilia_Payne-Gaposchkin
http://en.wikipedia.org/wiki/Cecilia_Payne-Gaposchkin
[…] 82 – Mulheres no espaço: Valentina Tereshkova. Mulheres na Ciência. Cecília Payne. […]