Já vos tinha dito que iria estar no Instituto Politécnico de Portalegre para dar uma palestra geral sobre astrobiologia.
Este convite veio a partir dos erros televisivos sobre a suposta bactéria marciana no Alentejo.
A sala esteve cheia, estando presentes alunos do ensino superior, ensinos do ensino secundário, professores, e demais curiosos sobre esta temática.
Vejam agora as palestras:
A apresentação ficou a cargo da professora Mónica Vieira Martins, e no mesmo vídeo podem também ver as palavras do sr. Presidente da Junta de Freguesia de Cabeço de Vide, Manuel Fontainhas.
Como é dito no website dos vídeos: “O objectivo do evento foi o do esclarecimento de questões suscitadas por reportagens televisivas recentes onde eram noticiados os trabalhos de investigação que decorrem já há alguns anos nas termas da Sulfúrea – Cabeço de Vide e a relação recente entre esses trabalhos de investigação e as missões da NASA ao planeta Marte. Pretendia-se também dar a conhecer o estado actual do conhecimento científico sobre a existência de vida extraterrestre e sobre as condições de surgimento da vida.
Para esse efeito, a ESTG-IPP convidou diversas personalidades que procuraram dar resposta a estas e outras questões.
O Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Cabeço de Vide, Manuel Fontainhas, começou por se dirigir à audiência fazendo um breve resumo da longa história das Termas de Cabeço de Vide, desde o aproveitamento das águas minerais daquela região pelos Romanos, no séc. II AC, até aos actuais trabalhos de investigação que envolvem cientistas do Instituto Superior Técnico (IST) e da NASA.”
Da Terra a Marte vol1 introdução from estg_ipp on Vimeo.
Seguidamente, podem ver a palestra do engenheiro Luís Rocha, Director Técnico das termas da Sulfúrea.
Como é dito no website dos vídeos: o Engenheiro Luis Rocha, Director Técnico da Súlfurea, completou este resumo histórico com uma descrição das várias nascentes que compõem as termas e informou sobre os vários estudos geológicos e microbiológicos aí realizados desde a década de 80. Efectuou uma breve caracterização geológica do sistema aquífero Monforte-Cabeço de Vide e caracterizou a água mineral das termas, que apresenta propriedades que a tornam uma água praticamente única no planeta.”
Da Terra a Marte_vol2_Luís Rocha.mp4 from estg_ipp on Vimeo.
Seguiu-se a palestra proferida pelo Professor Doutor José Manuel Marques, docente no IST, coordenador e investigador do Centro de Petrologia e Geoquímica daquele instituto e coordenador do projecto de investigação que decorre nas termas Súlfurea.
Como é dito no website dos vídeos: “Na sua palestra, intitulada “As águas minerais de Cabeço de Vide: um análogo natural para aumentar o conhecimento sobre a origem da vida na Terra e …” foram apresentados os estudos que permitem explicar as propriedades pouco usuais das águas minerais de Cabeço de Vide, como o seu elevado valor de pH, e a relação entre essas propriedades e as características geológicas da região. Por fim, foi explicado que, uma vez que a água no estado líquido é normalmente encarada como essencial para a vida, um laboratório natural como o de Cabeço de Vide constitui um excelente meio para investigar as condições de surgimento de vida, seja na Terra, seja em outros planetas, como Marte. De facto, existem evidências de que em tempos terá existido água líquida à superfície de Marte e a informação encontrada em meteoritos provenientes de Marte sugere que a vida pode ter sido aí originada. Por outro lado, as características geomorfológicas de Cabeço de Vide são semelhantes às encontradas em certas regiões de Marte, o que torna a água desta região um análogo natural que permite estudar as condições do surgimento de vida. Foi, no entanto, liminarmente negado haver, até à data, provas da existência de bactérias em Marte, informação que foi confirmada pelo palestrante seguinte.”
Da terra a Marte_vol3_José Marques.mp4 from estg_ipp on Vimeo.
Por fim, foi a minha palestra.
Como é dito no website dos vídeos: “Nesta palestra foram abordadas questões como a história conhecida do Universo e a sua escala temporal, as condições de existência de vida extraterrestre, e o estado actual do conhecimento sobre o planeta Marte. Foi equacionada a probabilidade de existência de vida extraterrestre, para se concluir que essa probabilidade é elevada, não na forma que tradicionalmente se imagina, nomeadamente na ficção cientifica, mas mais provavelmente sob a forma de organismos simples, como bactérias. Para finalizar, e auxiliado pelas palavras de cientistas como Carl Sagan, o palestrante chamou a atenção para o facto de, visto do espaço, o nosso planeta Terra se reduzir a um pequeno ponto no espaço. Concluiu com a ideia que, sendo nós feitos de “pós das estrelas” o universo está contido em nós.”
A minha palestra era para ser mais longa. No entanto, por restrições de tempo quando se iniciou a palestra, tive que “contar o tempo”, daí eu estar a falar mais depressa do que gostaria.
As mesmas restrições de tempo não me deixaram fazer o que gosto de fazer nas aulas: falar, conversar com os alunos. Tive que me restringir à palestra. Não consegui aplicar algumas das estratégias educacionais.
Por outro lado, como a perfeição não existe, dei alguns erros ao longo da palestra. Sim, ao contrário do que normalmente se pensa em Portugal, assumir os erros não é um sinal de fraqueza; pelo contrário. A literacia funcional permite-nos detectar os nossos próprios erros, assumi-los, e esperar que aprendamos para da próxima vez não cometermos os mesmos erros. Eu contei 4 erros nesta minha palestra. E não gostei da forma como palestrei, porque por várias vezes não falei claramente (parece que gaguejava).
Ao vivo, penso que ninguém detectou esses erros. Além disso, adoraram a palestra. Mas vocês, aqui pela internet, o que acham? Gostaram da palestra? E conseguem detectar os 4 erros?
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[…] Ensino. Pai Natal. Jantar. FNAC. Salesianos. Em Busca dos Nossos Vizinhos Cósmicos (crenças). Da Terra a Marte. Do infinitamente grande ao infinitamente pequeno. AAS. IJA, 33 euros, Faça-se Luz, Sagan, Big […]