Em 2015 a NASA irá acrescentar um novo elemento à estação espacial internacional com o objectivo de testar a tecnologia de expansão do espaço habitável na estação.
A agência espacial norte-americana atribuiu um contrato à empresa Bigelow Aerospace para o fornecimento do Bigelow Expandable Activity Module (BEAM) para uma missão de demonstração que terá uma duração de dois anos. A missão é financiada pelo programa Advanced Exploration Systems da NASA.
O BEAM será lançado a bordo da oitava missão logística da SpaceX e após a sua chegada à ISS, os astronautas irão utilizar o sistema de manipulação robótica da estação para instalar o módulo na parte posterior do módulo Tranquility. Após o BEAM ter sido ancorado no Tranquility, a tripulação irá activar o sistema de pressurização para expandir a sua estrutura utilizando ar armazenado no BEAM.
Durante o período de testes a tripulação e os controladores no solo irão obter dados acerca do módulo, incluindo a sua integridade estrutural e nível de vazamento de ar. Um conjunto de instrumentos no próprio módulo irão também fornecer dados importantes sobre a sua resposta ao ambiente espacial, incluindo alterações dos níveis de radiação e de temperatura em comparação com os habituais módulos de alumínio.
Os astronautas irão entrar no módulo de forma periódica para realizarem inspecções e obterem dados sobre a sua performance. Após o período de testes o módulo será descartado e deverá ser destruído na reentrada atmosférica.
Imagem: Bigelow Aerospace
5 comentários
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Olá Rui, fiquei curioso ao ver que vc é um historiador na área espacial. Sobre toda polemica que se levanta sobre a ida do homem a lua no fim da década de sessenta do século passado, vc conhece pesquisas de historiadores sobre este fato ? Se conhecer algo traduzido para o português e puder postar ficarei agradecido.
A edição 91 do boletim Em órbita, editado pelo Rui Barbosa, é toda dedicada a essa problemática:
http://www.astropt.org/2009/07/25/boletim-em-orbita-n-%C2%BA-91-edicao-especial/
abraços
Provavelmente a ideia será no futuro enviar um outro módulo mas que seja capaz de albergar equipamentos e experiências a bordo.
Há nisto um pormenor que me deixa curioso…
Depois de todo o esforço para o enviar para o espaço, de o acoplarem à ISS e de testarem a estanquicidade e capacidade de proteção da radiação, porquê libertá-lo e queimá-lo sobre um qualquer oceano?
Porque não aproveitar o espaço extra para melhorar a habitabilidade da estação?
O ponto positivo, para quem gosta de olhar para cima e apreciar o céu noturno, é que a ISS ficará um pouquinho mais brilhante.
Pela aparência deve estar cheio de cerveja.
Quando acabar, deitam fora.