No ano de 2047, a nave espacial terrestre Event Horizon reaparece após ter passado 7 anos anos desaparecida, enquanto tentava ir para a estrela Proxima Centauri. Mas uma transmissão da nave foi localizada em Neptuno.
É enviada uma nave para procurá-la e resgatá-la.
No entanto, ao chegarem lá, percebem que a tripulação da Event Horizon endoideceu e desapareceu.
Enquanto isso, a tripulação da nave de resgate Lewis and Clark também começa a ter alucinações aterradoras.
Gostei bastante da parte científica do filme, com stargates baseados em propriedades do espaço-tempo.
O motor gravitacional da nave basicamente abria uma porta (buraco negro) no espaço-tempo, o que fazia com que pudesse atravessar enormes quantidades de espaço em poucos segundos.
Não gostei da parte da pseudociência.
A nave poderia saltar entre diferentes pontos do espaço, mas dizerem que passou para outra dimensão é pura estupidez.
Uma nave é um objecto inanimado. Não “ganhava vida” por ter ido para outra parte do espaço.
Supostamente a nave foi para uma dimensão de extremo mal e caos, e trouxe-os consigo. Mas o caos tem sempre uma ordem por trás, e o mal é bastante relativo (é um conceito humano, e até diferente dependendo das culturas e do tempo).
E, claro, não gostei que o “escolhido” para matar os humanos fosse o… cientista.
Enfim… estas mensagens nada subliminares gritam: “cuidado com a ciência”. O que obviamente é uma estupidez, já que qualquer pessoa que esteja neste momento a ler-me só o consegue fazer devido a existir internet (dada pela ciência).
Apesar disto, gostei da acção do filme e da história científica por trás do filme. O que me faz gostar do filme em si.
21 comentários
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Obs.: desculpe os erros de digitação, espero ter me feito entendido.
Carlos, sou fascinado por filmes de ficção científica, embora alguns eu ache que perdem um pouco o sentido pelo exagera. A citar Guerras nas estrelas com seus alieníginas exóticos demais. Dentro desta linha um filme que toca o fobia coletiva atual de boa parte da humanidade, seria o fim do mundo vitimado por uma astro intruso, cito Melancholia, gostei muito deste filme. E tem belas interpretações. Mesmo vc não gostando vou comentar rsrs, bom, no filme, acho que um astrônomo amador, representando a ciência, jura que o planeta Melancholia não se chocaria com a Terra. Ocorre equívoco, frustado ele se mata. Você possível um erro de calculo científico futuro que possa nos trazer a um perigo iminente. Claro quãe Melancholia é uma ficção, porém o diretor Lars Von Trier deixou no ar esta provocação.
Não entendeu nada do filme.
Este “Event Horizon” foi uma desilusão, assim como o “Lost in Space”. Argumentos do pior.
Outra das ondas dos argumentos de ficção cientifica é a “conversa” das “+de 3 dimensões” interferirem na nossa realidade, como se de facto se tratassem de existencias de 4 ou mais dimensões neste universo. Conversa fiada; poderão existir projecções de 4 ou mais dimensões nesta realidade, mas não devem passar de projecções visiveis num volume, porque simplesmente não cabem em 3D. Digam-me também se conhecem alguma existencia 2D ou D (Singularidade) neste universo? Caber cabe, mas será que tem existencia com as condições disponiveis?!!
Se alguém conhecer alguma existencia da “Flat land”, que me esclareça. Desenhos em folhas de papel e holografia. não conta; são todos 3D (tem volume).
Vi este filme há muito tempo e lembro-me que não esperava que o roteiro levasse para o terror, essa foi a decepção.
Minha memória do desenrolar de todo o trama não me ajuda a comentar detalhes, mas minha conclusão sobre a mensagem do filme foi esta:
Temos, como espécie, um inconsciente complicador na ação do consciente, um inconsciente que guarda problemas do passado, geralmente dos tempos iniciais quando feto até os primeiros seis anos de vida, e que pode, a qualquer momento na vida futura de alguém, dependendo do problemão que ficou marcado (e geralmente não lembrado), agir inconscientemente causando grandes problemas pessoais ou na sociedade.
No caso do filme, se minha memória não falha, um problema do passado de um tripulante ter-se-ia amplificado por algum motivo não muito claro – por um vírus alienigena, pela própria viagem espacial, sei lá -, atuando na mente dele de tal forma que provocou toda a confusão, mostrando a dicotomia entre a nossa grande capacidade consciente para conseguirmos viajar para estrelas e o lado inconsciente do tempo das cavernas, esse colocando sempre em risco a nossa sobrevivência (como espécie).
Pareceu-me que o mote principal do filme foi mostrar esta eterna dicotomia: “vamos às estrelas mas seremos nós mesmos nosso maior risco porque levaremos aquela parte dos cérebros de trogloditas juntos.”..rsrs..
Creio que o filme fez questão de potencializar o mal de forma propositada, dizendo que corremos altos riscos de autoextinção mesmo que cresçamos exponencialmente em conhecimento. É algo se questionar na realidade, mas estão aí milhares de bombas atômicas, prontas a serem usadas, para apoiar essa visão.
Penso que o filme não faz uma crítíca ou desmerece a ciência, mas faz um alerta para o “empate técnico” (ou mesmo a “vitória final”) que o nosso lado troglodita vai tentar nos “empurrar” a qualquer momento.
Só um adendo…
Dias desses saiu um estudo dizendo que uma simples viagem a Marte aceleraria o tempo de a mente dos astronautas mostrar sintomas de Alzheimer, devido à influência da radiação.
Também gostei bastante desse filme,pelo menos até chegar a parte do “mal” ter dominado a tripulação. Apenas uma correção:a nave reaparece em órbita de um dos meus Planetas favoritos, Netuno.
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Sim, eu estava a pensar Neptuno… e não sei porquê escrevi Saturno. Erro.
Obrigado
Quanto a mensagem, concordo, acho que realmente não é legal, afinal, se hoje a maioria de nós está vivo graças a ciência.
Bem quanto a parte cientifica eu não tenho nda contra a teoria do mult verso, tb acho que a nave não ganharia vida, mas quem sabe não poderia ser algo parecido como o que acontece no filme virus http://www.youtube.com/watch?v=fPwgU-kk8Eg mesmo me parecendo absurdo uma forma de vida baseada em elétrons apenas, no minimo estranho, mas quando se olha para o céu vemos muitas coisas que não poderíamos sonhar, como chuva de diamantes em Netuno ou estrelas com açúcar em sua composição ou quem diria que em titan suas tempestades e mares seriam de metano.
Tá eu sei que para vc isso tudo faz sentido, pois através de leis físico químicas fica fácil de entender.
Mas imagine se a nave enigma do horizonte (adorei o nome) estivesse infectada por um vírus ou parasita que causasse alucinações.
Repare que era sempre um tripulante que fazia besteira e que a nave poucas vezes parecia realmente agir sozinha.
Era sempre o medo particular de algum personagem.
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Eu adorei o filme vírus.
E concordo: se a atmosfera da nave estivesse infectada com um vírus desconhecido… então faz mais sentido ;). Tem razão.
Quanto à nave ganhar vida, não gostei dessa noção no filme… não explicaram e parece que é “magia”, “assombrações”.
Uma outra nave que ganha “consciencia” é a V’Ger no filme Star Trek I. E esse filme já adorei. Achei que fazia muito mais sentido a explicação deles 😛
abraços! 😉
Ainda acho que de certa forma a era tudo alucinação, mas eu concordo com vc, não gosto muito dessas coisas de mau supremo ou mau pelo meu, tb acho que devemos buscar na ciência respostas e que ela pode trazer mais bem do que mau. Achei o nome da nave no filme bastante interessante, Pois no horizonte de eventos de um buraco negro coisas estranhas acontecem.
Costumo me fanicar constantemente com as possibilidades de um buraco de minhoca. mas não gosto muito dessa formula de Hollywood que no final todos morrem e o mau é eterno, pois acho que não precisa ser assim..
Vc já assistiu Dead space, é bem interessante, não rola tão bem a parte cientifica, mas é bem interessante.
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Não vi, mas fui ler reviews e parece mau 😀
É B movie 😉
http://www.badmovies.org/othermovies/deepspace/
http://www.rottentomatoes.com/m/deep_space/
Dentro do género Space/Terror/Suspense, nos últimos anos, continuo a achar o Pandorum o melhor:
http://www.youtube.com/watch?v=yMEhkTxs3_E
Abraços
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Acho que já vi esse…. mas não tenho a certeza 😀
Pena que o filme foi mais terror que ficção científica. Concordo contigo
Recomendo silent running. Música tema do filme.é de Joan Baez.
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Não o vi 🙁
Mas a ideia é parecida ao soylent green?
Não, o Silent Running é sobre o dilema (?) moral de cumprir ou não uma ordem para destruir uma estação orbital que é uma espécie de arca de Noé com as ultimas plantas sobreviventes da Terra.
Acerca do cinema de “ficção cientifica” em minha opinião (correndo o risco de parecer snob) não existe. 😀
Já vi “terror cientifico” (Aliens), “acção cientifica” (Starship Troopers) e “opera espacial” (Star Wars), ficção cientifica propriamente dita só mesmo em livros devido à necessidade inerente de muito espaço para exposição dos conceitos que se estão a analisar e das suas consequências para a sociedade em questão.
Aos interessados aconselho por exemplo “Vernor Vinge – A Deepness in the Sky” ou “Alastair Reynolds – House of Suns” sobre como seria o aspecto de uma cultura onde viagens interestelares são possíveis mas só a velocidades inferiores à da luz ou a serie “The Culture” do Iain M. Banks sobre quais seriam as implicações de coisas como inteligência artificial e replicadores/teletransportadores.
Author
Obrigado pelas sugestões 😉
Filme de terror baseado em ciência dando errado é clássico..
Esse gênero existe desde Frankenstein…
Que na verdade foi o primeiro filme de ficção científica da história, e, era de terror…
Ainda temos clássicos só pra lembrar…
O Médico e o Monstro, Dr. Jekyll and Mr. Hyde
A Mosca com seu teletransporte causando a tragédia…
Metrópolis… Com a Ginóide Falsa Maria enganando o povo… E por aí vai..
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True!
Só fazendo uma pequena correção, Victor Hugo: Metrópolis é mais antigo que Frankenstein (falo de cinema, não de literatura; óbvio que o Frankenstein livro é bem mais antigo pois foi a obra artística que inaugurou a mescla entre os dois gêneros, quiçá os dois gêneros em si, terror e ficção científica) pois quando o primeiro Frankenstein surgiu no cinema Fritz Lang já havia produzido Metrópolis havia 4 anos. Compare as datas: Metrópolis é de 1927, enquanto a primeira adaptação da obra de Mary Shelley para o cinema é de 1931.
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