Em 2012, o EPS encomendou uma análise económica independente ao Centro de Economia e Desenvolvimento Empresarial (CEBR) sobre a importância da Física para as economias da Europa. O relatório, usando os dados estatísticos disponíveis no domínio público através do Eurostat, abrange 29 países europeus – os países da UE27, mais a Noruega e a Suíça. A análise abrange o período de 4 anos 2007-2010, onde 2010 é o ano mais recente para o qual os dados oficiais estão simultaneamente disponíveis para todos esses países.
Basicamente os resultados apontam para as seguintes conclusões:
– Em 2010, as indústrias baseadas na Física geraram um retorno de 3,8 milhões de bilhões de euros de volume de negócios, representando mais de 15% do volume de negócios. O retorno por pessoa empregada apresenta um volume de negócios substancialmente superior à construção e retalho.
– O setor europeu que tem como base a Física é altamente intensiva em termos de investigação e desenvolvimento (I & D). As despesas do sector de I & D ultrapassou 47 bilhões de euros, em cada ano, durante o período 2007-2010. Os níveis de investimento em I & D em 2010 superaram as de 2007.
– Em 2010, as indústrias baseadas na Física empregavam 15,4 milhões de pessoas. Este valor representa 13% do total do emprego na economia empresarial da Europa. Além disso, por cada emprego criado diretamente nas indústrias de base ligadas à Física, um total de 2,73 empregos eram criados como suporte, em toda a economia, por estas indústrias (mercado secundário).
– Outro pormenor em estudo foi o Valor Acrescentado Bruto (VAB) que mede o valor produzido por um setor da economia. Com base na Física, o GVA é diversa, onde 44,9% são provenientes de manufaturação, mais de 50% é espalhada entre informação e comunicação, atividades profissionais, científicas e técnicas, atividades de petróleo e gás, e de produção de energia.
Em resumo, a Física tem contribuído para o desenvolvimento da Europa, sendo este setor um dos grandes exportadores. As áreas que desenvolve são múltiplas, indo desde a reparação elétrica, passando pela desenvolvimento de componentes eletrónicos, até ao processamento de combustível nuclear (entre outros).
A Física não tem só importância no desenvolvimento do bem estar pessoal como também no desenvolvimento do próprio tecido industrial e económico do país.
Pode ler o relatório completo aqui.
2 comentários
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Olá Graciete,
nem imagina por onde pode andar a Física… (Sociologia, Biologia, Desporto, Automobilismo, etc.).
Ainda ontem vi um documentário sobre um Físico que se debruçou sobre o estudo das cidades, onde determinou a quantidade de material necessário para construir uma cidade para um certo número de habitantes, e chegou à seguinte conclusão: Organizamo-nos em cidades porque ela fornece 15% de melhoria na nossa qualidade de vida (salário, eventos disponíveis, etc.).
Como pode ver também vou aprendendo e descobrindo todos os dias 🙂
Cumprimentos
Eu considerava que a Física acompanhada pela Matemática era a base de todo o conhecimento científico.
Agora, da Economia, é que foi uma surpresa. Quando saí da Faculdade pouco sabia porque no meu tempo quase nem se falava de Einstein. Depois, como enveredei pelo ensino, tive muito que estudar e a aprender. Ensinei Termodinâmica no ISEP e as Químicas quase todas(exceto a Química Orgânica). Aprofundei alguns conhecimentos e comecei a ler um pouco sobre Astronomia, que hoje me apaixona.
Sei muito pouco de tudo, mas o que aprendi e vou ainda aprendendo, é o suficiente para me maravilhar.
Os meus cumprimentos.