Um novo estudo aponta para Proteínas e Sal na origem da vida na Terra
Um novo estudo indica que 10 aminoácidos que estariam presentes na Terra primitiva conseguiam formar proteínas dobráveis (de forma globular que interagem com outras proteínas, realizam reacções químicas e adaptam-se) num ambiente de alta salinidade.
Esta investigação sugere que estas proteínas poderiam ter sido usadas para reacções biológicas nas primeiras células, para o metabolismo dos primeiros seres vivos.
A ser assim, este é mais um passo para compreender como a vida surgiu na Terra há cerca de 4 mil milhões de anos.
Se os aminoácidos que formam as proteínas foram a causa da origem da vida na Terra, então a hipótese do RNA primordial passará para um plano secundário… ou não. Poderemos ter diferentes inícios de vida em diferentes partes do planeta; diferentes ambientes para a vida evoluir.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
2 comentários
Se a vida evoluiu com essas substâncias como elas se reproduziram?
Olá Jardson,
Não sei se entendi bem a pergunta. Penso que a questão será como é que as células se reproduziram sem o ARN? 😉
A resposta está no artigo. Estes 10 aminoácidos presentes na Terra primitiva formariam pequenos péptidos dobráveis de forma espontânea, péptidos esses que teriam capacidade de síntese de outras proteínas. De certa forma o “código” destas pré-células estaria armazenado nestas estruturas, que iriam sendo seleccionadas de acordo com a sua função. O ARN tomaria posteriormente a função destes pequenos péptidos primordiais.