O pequeno ponto vermelho nesta imagem é uma das galáxias com produção mais eficiente de estrelas. Ela converte gás em estrelas à taxa máxima possível. A galáxia foi vista em infravermelho pelo telescópio WISE. Crédito: NASA/JPL-Caltech/STScI/IRAM
As galáxias espirais são berçários estelares: criam imensas estrelas nos seus braços.
No entanto, relativamente falando, pouca matéria-prima é convertida em estrelas.
Mas agora foi descoberta a galáxia SDSS J1506+54 que cria furiosamente estrelas a partir do seu gás (combustível).
A maioria das galáxias são como os nossos carros: convertem combustível para o carro poder andar, mas de forma bastante ineficiente, já que muita energia se perde na conversão.
Já a galáxia SDSS J1506+54 tem uma taxa de eficiência próxima de 100% – ou seja, quase que não existe “gás perdido”, o hidrogénio é largamente utilizado para formar estrelas. A eficiência é tal que é bastante próxima do Limite de Eddington, que é o limite máximo teórico (acima deste limite, assim que se forma uma estrela, a onda de choque da criação estelar faz o gás circundante dispersar-se e não se concentrar de modo a formar uma nova estrela).
Devido a esta impressionante taxa de criação de estrelas, a galáxia “brilha” em infravermelho com uma energia equivalente a 1.000.000.000.000.000 de vezes da energia solar.
Provavelmente, a SDSS J1506+54 é na verdade uma galáxia irregular, em transição, que está numa fase jovem após uma violenta colisão entre duas galáxias. Só assim se consegue explicar a enorme taxa de criação estelar.
Por outro lado, dentro de relativamente pouco tempo (algumas dezenas de milhões de anos), o combustível vai acabar, e a galáxia irá se tornar numa galáxia elíptica.
Leiam em inglês, aqui e artigo científico.
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