Morte

When-Death-Becomes-Optional-602

Uma das críticas mais comuns à ciência é que não sabe tudo.
Um dos exemplos mais comuns disso é dizerem que a ciência ainda não sabe o que vem depois da morte.

Mas sabemos…

Da mesma forma que sabemos como nós estamos aqui, também sabemos como acabaremos.
E, curiosamente, é da mesma forma, e é um ciclo interminável.

Os elementos que me constituem nasceram maioritariamente no interior de estrelas. Depois, através de supernovas, foram espalhados pelo Universo. Já fizeram parte de várias estrelas, planetas, luas, nebulosas, etc.

Esses átomos estiveram temporariamente nesses locais.
Agora estão em mim… temporariamente.

Quando eu morrer, o meu corpo irá se decompor e os meus átomos serão espalhados novamente por todo o Universo.
Alguns ficarão na Terra. Alguns farão parte de outras pessoas, outros de animais, ainda outros farão parte de plantas, e certamente a grande maioria fará parte da geologia terrestre.
A Lua ficará também com alguns dos meus átomos. Certamente que daqui a alguns milhares de anos poderia lá encontrar alguns deles.
Certamente que alguns deles, daqui a alguns milhões de anos, estarão presentes em nebulosas e até em planetas extrasolares, alguns deles que ainda nem sequer detectamos hoje.

Por isso, sim, a ciência diz-nos o que acontecerá após a morte.

Isto é o que sei que acontecerá após a minha morte: voltarei aos céus, mas não da forma que alguns querem crer.
A verdade é que farei parte da constituição básica, fundamental, do Universo.

Os conhecimentos da astronomia permitem-nos ter uma espiritualidade abrangente, que nenhuma crença alguma vez alcançará.

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14 comentários

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    • Jonathan Malavolta on 29/08/2021 at 01:55
    • Responder

    “… pegou pesado em Carlos…”
    Mas não foi o Carlos que escreveu a resposta para ele? “Em” e “hein” não são sinônimos, desta forma, “pegou pesado em Carlos” afirma categoricamente que Carlos foi a vítima. De quê?

    “… mais cedo ou mais tarde vamos todos para o céu.”
    Sinto, eu não irei. Céu é onde voam aves, morcegos e aeronaves, e eu não sou nenhum dos três. Nem no dia em que comprar uma passagem aérea irei para o céu; a aeronave em que eu estiver é quem irá, já eu permanecerei em solo firme, dentro da aeronave.

    Jorge Almeida, energias existem, só que não são nada do que certos articulistas afirmam. Consigo enumerar várias energias: eólica, solar, elétrica, mecânica, estática, entre outras.

    • Nelson Santana on 21/10/2013 at 11:55
    • Responder

    Gostei muito, não entendi como estes átomos penetram no seu corpo ao longo da vida, ou em que momento começam a fazer parte do corpo. Se vc tiver mais materias como esta. gostaria de saber. Obrigado e Parabens. Nao aguento mais ouvir falar em religioes.

  1. “Religiosismos” a parte, isso é o que acontece com nosso corpo físico, ninguém pode afirmar com certeza absoluta o que acontece com nossa consciência após a morte, e quem dizer que o pode, será um ignorante, nossa ciência não conhece grande parte de nosso cérebro (sonhos e subconsciente por exemplo), apenas alguem que já morreu tem esse poder de dizer o que acontece, e creio que como isso seja um pouco difícil vamos ficar um bom tmepo sem saber ( :

  2. Estou a apagar alguns comentários insultuosos para connosco, de, penso eu, extremistas religiosos, que pensam que este artigo é contra a religião.

    Mesmo sem entrar em questões de respeito que deveria haver por todos que entram na nossa casa, e sem entrar em discussões filosóficas sobre a limitada fé de algumas pessoas de que qualquer conhecimento os leva logo a sentirem a sua fé atacada, por favor entendam: o artigo não é contra a religião. Isto não é uma discussão religião-ciência.
    Da mesma forma, a ciência saber o que é a electricidade (e vocês provam isso todos os dias), não deve ser vista por quem é religioso como um ataque aos deuses (só por se saber como funciona a electricidade).
    Neste artigo, é a mesma coisa.

    Obrigado.

    • graciete virgínia rietsch monteiro fernandes on 02/05/2013 at 17:21
    • Responder

    Tal e qual o que eu penso. Um abraço.

  3. “Uma das críticas mais comuns à ciência é que não sabe tudo.”

    Curiosamente, na minha opinião este é um dos maiores elogios que posso fazer à ciência. Como posso confiar em alguém que sabe tudo, e sem esforço, como a religião? A ciência não sabe tudo, e admite que não sabe. Mas tem confiança que pode aprender, e efectivamente é o que tem feito, e a um ritmo alucinante. A ciência não só não sabe tudo, como às vezes se engana. E isto é normal e saudável, é honesto.

    • António Castanheira on 02/05/2013 at 12:33
    • Responder

    Ao longo da vida, muitas pessoas acumulam vasta sabedoria, cultura e conhecimentos, os quais são irrepetíveis, pois ninguém nasce igual a outro nem ninguém vive as mesmas experiências de vida de outra pessoa.

    Deste modo, o desaparecimento de certas pessoas nos parece uma perda irreparável (aliás, é isso mesmo que se diz muitas vezes em elogios fúnebres), pois custa-nos que esses valores se percam para sempre sem que ninguém mais os aproveite.

    Mas a verdade é que a vida (ou melhor, a morte) é mesmo assim: Espiritualmente não sobra nada!
    Isto é, a não ser os livros, os programas, os ensinamentos e a influência sobre os outros que essa pessoa deixou e que tornaram certamente o mundo diferente, nesse sentido sim, todos nós seremos imortais…

  4. Beeeem, acho que a maioria quando questiona a morte não se refere ao físico, embora eu pense que o que acontece com o que chamam de “espiritual” seja o mesmo : nada se cria nada se perde, tudo se transforma.
    Existem estudos e teses alegando a existência de uma certa “força” encontrada em nós – e puxa, poderia falar sobre isso o dia inteiro – força esta que podemos chamar de “energia vital”, “alma”, “espírito” e etc. Sabe o Chico Xavier? Até a NASA o estudou! acontece que ele era como uma antena parabólica que captava essas energias vitais que continuavam a vagar por aí e as incorporava – os testes de semelhança na escrita entre outros batiam 100%… Este é só um (notável) exemplo, mas existem muitas outras evidencias.

    1. Aqui fala-se de conhecimento. Do que se sabe.

      Não das vigarices que se ouvem por aí sobre falar com mortos.
      Sim, a NASA estudou esse senhor impostor como estudou a fantasia do Pai Natal.
      Por favor, não entre aqui para afirmar parvoíces que leu em websites que só lhe querem mentir. Não acredite cegamente nas fraudes. Informe-se primeiro.

      abraços

        • Chill on 02/05/2013 at 02:48

        man, that was hard.

        • Alex on 03/05/2013 at 23:23

        Na minha opinião pegou pesado em Carlos…
        Se o rapaz não sabe algo ou sabe algo é porque foi lhe ensinado assim.
        Não é fácil quebrar mitos, principalmente quando estão arraigados.
        Ninguém nasce sabendo e o sensacionalismo ataca constantemente com mentiras e argumentos infundados.
        Paciência galera…

      • Jorge Almeida on 02/05/2013 at 12:39
      • Responder

      energias vitais… parto-me a rir com estas “energias vitais”. São vitamínicas? 🙂 A partir do momento que um ser vivo pereça – acabou. Passa a ser apenas um conjunto de átomos que acabarão por dispersar-se e inclusive ter destinos vários citados no texto. Não precisamos de almas, de espíritos, de fantasmas, de energias – isso são tolices para meninos acreditarem. Acho giro acreditarem nestas “tretas” (não tenho outro nome a dar) e algumas dessas pessoas porem em causa que o Homem não foi à LUA em 1969!
      Já agora a frase de Lavoisier, em determinados contextos, não se aplica. 🙂

    • Fernando Simoes on 01/05/2013 at 21:29
    • Responder

    Então afinal, mais cedo ou mais tarde vamos para o céu 🙂

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