O Futuro das Estrelas: Além do Futuro

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A quantidade de elementos pesados é proporcional à opacidade das camadas externas da estrela. Mesmo uma pequena quantidade de elementos pesados presentes “aprisiona radiação, reduzindo a luminosidade” o que leva a que “a estrela consuma o seu combustível nuclear a uma taxa mais baixa”. Mas há um outro efeito que contraria o anterior: “Os elementos pesados são um peso morto nuclear” que ao não participar na fusão nuclear vai reduzir a quantidade de combustível disponível e o tempo de vida estrelar.

Num cenário cósmico de larga escala, o tempo é o primeiro factor predominante nos primeiros milhares de milhões de anos. A estrela torna-se opaca com a presença de elementos pesados e a sua vida é prolongada. Posteriormente, quando os elementos pesados constituírem uma fracção significativa da sua massa, a vida é encurtada.

Estrelas com elementos pesados têm maior probabilidade de albergar planetas e, como o meio interestelar vai enriquecendo em elementos desse género, a ocorrência de planetas será cada vez maior.

Estrelas de massa solar, tornar-se-ão gigantes vermelhas no final da sua vida. Quando as camadas exteriores se dissiparem, é revelado o núcleo. Estrelas com menos de 50% massas solares não chegam a apresentar reacções nucleares para que se tornem gigantes vermelhas; então tornam-se anãs brancas de hélio. Estes “bichos” nascem da fusão de duas estrelas binárias. Contudo, também podem nascer isoladas pela evolução de uma anã vermelha, mas isso só acontece passados biliões de anos e ainda não chegámos lá.

Nas estrelas de várias massas solares, o núcleo colapsa e dá origem a uma estrela de neutrões ou a um buraco negro

À medida que o universo se expande, a velocidade das estrelas aumenta de acordo com a Lei de Hubble: quanto mais longe uma estrela mais depressa ela se afasta. Como o universo se expande, as estrelas afastam-se e, de acordo com esta lei, afastam-se cada vez mais depressa. Haverá uma altura em que as estrelas mais próximas se afastarão mais depressa que a velocidade da luz. Deixaremos de ver estrelas no céu. Outro motivo para as deixarmos de ver é que elas irão deixar de brilhar.

Por dois eventos estaremos sós, no escuro e no frio: pela expansão do Universo associada à Lei de Hubble e pelo próprio ciclo estelar. No fim, restarão anãs castanhas e buracos negros, que evaporarão. Ficará um universo vasto, plano e “cheio” de informação, ou esta irá desaparecer? É um paradoxo.

Falo, agora, sobre temas futuros: Se o universo é um sistema fechado a informação permanecerá. Se desaparecer quando os buracos-negros evaporarem, para onde vai? Conseguiremos criar homeossóis? Como medicamentos homeopáticos funcionam com uma diluição infinitesimal e como, no futuro distante, as partículas estarão tão diluídas no universo como está uma molécula de medicamento num jarrão de homeoágua-milagrosa. Então poderemos criar um Sol? (esta última pergunta é apenas para um final de noite com um sorriso 🙂 )

 

1 comentário

  1. A grande distância, a expansão do Universo ocorre mais rápida que a luz, mas a distâncias mais próximas aparenta aproximar-se, como acontece com as galáxias puxadas pelo Grande Atractor.

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