O multi-bilionário Elon Musk não pretende somente criar uma colónia humana em Marte com a empresa SpaceX, mas teve também uma ideia para uma revolucionária forma de transporte super-rápida, barata, ecológica, e provavelmente sem acidentes, na Terra.
A ideia tem por nome: Hyperloop.
Basicamente a ideia é ter longos tubos com pequenos “casulos” que levam pessoas a cerca de 1220 km/h (praticamente a velocidade do som), utilizando a energia solar.
Incluindo a aceleração e desaceleração, teríamos uma viagem de 550 km em somente 30 minutos.
A viagem Porto-Lisboa faria-se em cerca de 15 minutos.
Leiam em inglês na Space.com, aqui, aqui e aqui.
A RTP fez um excelente segmento sobre isto, aqui:
7 comentários
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É uma tecnologia “Visionária” e se o AstroPT só colocar coisas que já existem vai perder a possibilidade de se antecipar ao tempo, que no caso é participar da história, porque divulgando a ideia a fortalece.
Claro que a ideia não é factível para agora, mas há como se direcionar a tecnologia para que ela seja.
Isto já ocorreu com várias vezes na nossa história e a mais notável foi o esforço que a Nasa fez para conseguir colocar um homem na Lua.
Para quem tanto apregoa a Ciência e a falta de sentido crítico de muita gente, serem mais uns a meterem acefalamente a notícia desta utopia como se fosse uma coisa muito bem pensada, quando pelo contrário não tem nenhuma base científica, técnica e/ou económica, não fica muito bem (na minha opinião até fica bastante mal) ao astroPT.
Embora menos acessível do que artigos de quem fez copy/paste do «press release» do Musk, é mesmo assim relativamente fácil encontrar por aí quem analisou esta proposta. E ninguém que o fez teve conclusões muito positivas sobre ela. Apenas 2 exemplos:
http://pedestrianobservations.wordpress.com/2013/08/13/loopy-ideas-are-fine-if-youre-an-entrepreneur/
http://greatergreaterwashington.org/post/19848/musks-hyperloop-math-doesnt-add-up/
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Não entendo.
A sua crítica é que não devemos falar de, sei lá, elevadores espaciais, da Enterprise (de Star Trek), do Alcubierre, etc, porque a matemática diz-nos que neste momento esse meio de transporte não nos é possível aos custos e materiais actuais?
É isto?
Como sabe, a ideia saiu para a comunicação social há uns dias, e espera-se que a ideia receba várias críticas, evolua em termos de realismo, e que durante os próximos anos amadureça com as ideias visionárias e com as críticas das classes científica e económica.
Sabe certamente que é assim que a tecnologia evolui, certo?
Ou pensa que, por exemplo, uma pessoa teve a ideia de um avião num dia, e no dia seguinte já existiam Boeing 787?
Enfim…
Parabéns pelo seu primeiro comentário aqui no blog… fica-se a saber que realmente é uma dessas pessoas que precisa do sentido crítico que tanto apregoamos…
abraços
Bem, se o Carlos agora acha que as leis da Física se vão mudar para se adaptarem aos delírios do Musk tudo bem. Enfim.
Tendo em conta que este «projeto» até já apresenta custos (e que alegadamente até serão quase irrisórios) e que a tecnologia a utilizar já existe (aço e compressores não é coisa propriamente muito high-tech) também não se percebe muito bem qual o propósito desse comentário relativo aos custos e aos materiais. Já que se vê bem que não leu nenhuma crítica fundamentada ao «projeto» ao menos deu-se ao trabalho de ler o que foi apresentado pelo Musk? É que não parece.
Respondendo ao Xevious, isto é perfeitamente realizável «hoje». Não nos moldes que foi apresentado (a Física é uma coisa tramada) e dificilmente haveria justificação económica para uma frederica destas, mas era perfeitamente realizável (aliás, já dezenas de vezes coisas destas foram apresentadas e a tecnologia nunca foi o problema).
O problema está muito longe de ser esse: desde as contas mal feitas, às impossibilidades físicas (para se cumprir os limites de conforto explanados no projeto lá se vão os pressupostos da velocidade à vida), aos custos «tirados do rabo» (apresentar custos de investimento, de manutenção e de viagens de uma coisa que nunca foi sequer testada é de partir a rir de tão ridículo; jornais económicos repetirem isso sem porem uma linha de dúvida é de chorar face ao que o jornalismo chegou), até às mentiras e desinformações sobre a alta-velocidade ferroviária (coisa que isto supostamente pretende substituir) é todo um chorrilho de disparates inacreditável e isto ter tido o tempo de antena que teve mostra bem a enorme ignorância científica (no sentido lato) do jornalismo mundial. É pena é o astroPT ser tão crítico dessa ignorância tantas vezes (mais uma vez, ainda bem que o é, e faz um trabalho de louvar nessa área) e agora engolir isto desta forma acrítica.
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Caro Rui ou Miguel (dependendo dos e-mails que apresenta e do nome com que se apresenta),
Eu não acho que as leis da Física se vão mudar para se adaptar à visão do Musk.
Da mesma forma que as leis da Física não tiveram que mudar, para andarmos de Boeing 787.
Li sim, incluindo os links que deixou aqui. Convido toda a gente a ler 😉
Se alguma coisa no texto escrito por mim em cima estiver cientificamente errado, espero que diga onde *antes* de fazer injustiças ao AstroPT.
De resto, agradecemos as críticas ao projecto do Musk (incluindo os links, que eu desconhecia) para assim os nossos leitores poderem ver os “dois lados” (a visão e as críticas). Faltou realmente essa parte no artigo, e nisso dou-lhe razão.
O que proponho é que sejam apresentadas ao Musk também. Ele, melhor que ninguém, as poderá confirmar ou refutar. Para se poder evoluir na ideia.
abraços Rui ou Miguel (conforme o caso)
Nós andamos de avião e a gravidade continua a existir e a puxar-nos para baixo. A leis da física não se alteraram para andarmos de avião, por outro lado, foram utilizadas. Acredito que, caso este meio de transporte leve a sua avante, será algo que se adaptará a uma nova forma de civilização.
A crítica da minha irmã foi que deixaríamos de ver a paisagem que vemos durante uma viagem de comboio ou de carro. Concordo e devido às enormes velocidades que este veículo poderá atingir, a distâncias entre paragens teriam de ser grandes, para ser rentáveis. Facilmente poderemos imaginar, talvez todas as capitais de distrito (e mais umas quantas de grande importância) ligadas por tal meio de transporte (já tinha feito o mesmo raciocínio com o Maglev) e servidas internamente por uma extensa rede de metropolitanos. Desta maneira, devido às condições de transporte, aliadas às facilidades de trabalho, poderemos assistir a um abandono das outras cidades não servidas pelo Hyperloop e uma concentração em cidades massivas.
Esta visão (não passa de uma interpretação/desejo de como o futuro poderá vir a ser) poderá ser tanto tentadora como assustador, mas quem sabe se não será esse o futuro para que nos estamos a dirigir. Pessoalmente, não me importo.
Quando a esmola é grande…