Kilonova
Uma kilonova é cerca de 1000 vezes mais brilhante do que uma nova (que é causada pela erupção de uma anã branca), apesar de cerca 100 vezes menos brilhante que uma supernova.
Ela emite mais radiação em luz visível e infravermelha por segundo do que o Sol o faz em vários anos.
A evidência mais forte até agora sobre a causa das kilonovas foi-nos dada pelo Telescópio Espacial Hubble, através de observações em radiação infravermelha da recente GRB 130603B que aconteceu na galáxia SDS J112848.22+170418.5 que se encontra a cerca de 4.000 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Elas serão explosões de raios-gamma (GRB) de curta duração após a fusão de um par de pulsares ou de um buraco negro e um pulsar.
A GRB dura menos de um segundo (décimo de segundo), mas a evidência em infravermelho dura cerca de uma semana.
Leiam em inglês o artigo original, aqui.
Esta sequência ilustra o modelo da kilonova a partir de explosões de raios gama de curta duração.
1. Um par de estrelas de neutrões num sistema binário juntam-se gradualmente.
2. Nos milésimos de segundos finais até se fundirem, ejectam material radioactivo que aquecerá e se expandirá, emitindo uma kilonova.
3. A explosão perde visibilidade em luz visível, mas continua brilhante em luz infravermelha.
4. O resultante deste processo é um disco de detritos em órbita do objecto que resultou da fusão, que poderá ser um buraco negro. Crédito: NASA, ESA, A. Field (STScI)
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
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