Cérebros de homens e mulheres têm ligações cerebrais diferentes

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“Os cérebros dos homens, por exemplo, estão conectados de frente para trás, com poucas conexões entre os dois hemisférios. Já nas mulheres, mais conexões se cruzam da esquerda para a direita.”

“O estudo, realizado com 949 pessoas (521 mulheres e 428 homens) de entre nove e 22 anos, revela no homem uma maior quantidade de conexões na parte frontal do cérebro – centro de coordenação das acções – e na parte de trás, onde se encontra o cerebelo, importante para a intuição. As imagens também mostram grande quantidade de conexões dentro de cada um dos hemisférios do cérebro.
Tais conexões sugerem que o cérebro masculino está estruturado para facilitar a troca de informações entre os centros da percepção e da acção, segundo Ragini Verma.
Já nas mulheres, há mais conexões entre o hemisfério direito – onde se situa a capacidade de análise e tratamento da informação – e o hemisfério esquerdo, centro da intuição.”

“O cérebro das mulheres e dos homens é diferente, fazendo com que certas actividades sejam mais fáceis para eles, como o desempenho motor e a visualização espacial, e outras mais fáceis para elas, como a memória e as capacidades cognitivas sociais. A questão subjacente a esta diferença são as redes neuronais, o chamado conectoma humano, que desenvolveu de uma forma diferente nas mulheres e nos homens ao longo do crescimento (…)”

“(…) os homens são geralmente mais aptos para aprender e executar apenas uma tarefa, como andar de bicicleta, esquiar ou navegar, enquanto as mulheres têm uma memória superior e uma maior inteligência social, o que as torna mais aptas a executar tarefas múltiplas e encontrar soluções para o grupo.”

Leiam mais detalhes sobre este estudo, no Público, na BBC Brasil e no Diário Digital.

Algumas críticas científicas a este estudo, aqui, aqui e aqui.

5 comentários

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  1. Isso será uma consequência da apreensão e aprendizagem ao longo da vida ou será uma característica fisiológica intrínseca? Ou não se consegue saber ainda?

    Bom dia! 🙂

    1. Bom Dia! 🙂

      Essa é precisamente uma das maiores críticas ao artigo, como referiu o Samuel. As ligações também se vão criando ao longo da vida, dependendo dessa aprendizagem, da cultura em que estivermos inseridos e das experiências que formos tendo.

      abraços!

  2. Uma grande crítica que eu teci referente ao estudo é que estas ligações provavelmente tem grande influência cultural, onde homens e mulheres assumem determinados papéis, onde geralmente o homem é provedor e a mulher a “dona da casa”. Mesmo em mulheres mais independentes é possível constatar que há influência voltada a estes valores.
    O estudo seria bem mais interessante (mas seria extremamente complexo) se mostrasse o que poderia ser construído em termos de conexão cerebral única e exclusivamente pela genética, mostrando assim que “geneticamente” o gênero x ou y está predisposto a mais ou menos a alguma coisa.

    1. Como fazer isso? Como se pode distinguir uma “conexão genética” de uma “conexão cultural”?

      abraços!

        • Samuel on 12/12/2013 at 16:25

        Não sei lhe dizer Carlos como fazer uma pesquisa tão complexa como falei, cogitando um pouco dentro do campo das possibilidades, um estudo bem preciso como este que sugeri já teria que começar no nascimento de uma criança acompanhando a formação dela até a idade de uns 15 anos de idade, o que daria uma boa margem de segurança. E em cima de um tempo de estudo longo como este, deveria se levar em consideração os fatores sociais que influenciaram a pessoa objeto de estudo a ter a personalidade assim.

        Uma vez eu li que o que faz os homens terem mais facilidade que as mulheres em exatas não é fator genético em si (pode ter influência sim como vem demonstrando recentes pesquisas) mas o fato de que desde pequeno os meninos recebem brinquedos bem mais estimulantes que as meninas. Pessoalmente, considero muito verdadeira esta influência precoce na formação cerebral.

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