2014 começa com uma fantástica “chuva de estrelas”: as Quadrantidas. Com o pico desta chuva de meteoros a acontecer às 19h30 UT (mesma hora em Portugal continental) do dia 3 de janeiro, haverá uma oportunidade curta para apanhar uma das maiores chuvas do ano.
Farto de “chuvas de estrelas”? Pouco provável!
Já ouviu falar das Quadrantidas? Provavelmente não!
Deve neste momento estar a pensar que se trata de uma daquelas chuvas de meteoros menores mas, na realidade, as Quadrantidas podem atingir picos de 100 meteoros por hora, um número que normalmente se esperaria de umas Geminidas ou de umas Perseidas.
Surpresa: as Quadrantidas são umas das melhores chuvas de meteoros do ano no hemisfério norte, mas são pouco conhecidas em razão da sua atividade ser muito breve. Com uma curta atividade que acontece este ano entre 28 de dezembro e 12 de janeiro, mais curto será o seu pico que, apesar de se esperar este ano cerca de 120 meteoros por hora em locais escuros, durará pouco mais que uma hora. E se o pico acontece durante o dia? Exacto, ninguém vê os meteoros, o que leva a serem um chuva algo “esquecida”. No entanto, em 2014, quem vive na Europa poderá ver esta chuva sem problemas, já que o pico acontece às 19h30 UT, quando o Sol já se pôs.
Infelizmente, para quem vive no hemisfério sul esta chuva de meteoros é difícil, uma vez que a radiante está muito a norte, podendo ser localizada praticamente ao lado da estrela polar.
Ao contrário dos picos das Perseidas ou das Geminidas, que revelam meteoros durante praticamente um dia inteiro, o pico das Quadrantidas dura pouco mais que uma hora. Consequência: este pico é impossível de ser visto em fusos horários muito distinctos. Neste ano de 2014, a Europa poderá ver esta chuva ao serão, enquanto que na Ásia ocidental o pico acontece antes do amanhecer, logo será o melhor local do globo para se observar o pico das Quadrantidas. Quem vive na América do Norte não conseguirá ver porque o pico desta chuva é atingido durante o dia.
Se falhar a hora do pico não desmoralize. A natureza lida mal com as nossas previsões, podendo o melhor desta chuva estar reservado para a madrugada do dia 4 ou mesmo na madrugada do dia 3.
Este ano, sem a companhia da Lua, a Organização Internacional de Meteoros prevê 120 meteros na THZ (Taxa Horária Zenital). No entanto este número poderá variar entre os 60 a 200 por hora. A radiante da chuva é próxima da Ursa Maior, entre as constelações do Dragão e do Boieiro (como na imagem à esquerda), numa zona onde no passado se encontrava uma constelação já extinta: Quadrante Mural, criada em 1795 pelo astrónomo Jérôme Lalande e posteriormente desconsiderada pela Associação Internacional de Astronomia.
Lembramos que para observar uma “chuva de estrelas” basta um bom par de olhos e ser paciente. Se as condições meteorológicas permitirem, procure um local escuro, longe da poluição luminosa das cidades, e olhe para a zona à volta da radiante.
Para os mais curiosos, a origem das Quadrantidas era desconhecida até dezembro de 2003. Nesta altura, o investigador da NASA Peter Jenniskens encontrou evidências que os meteoróides que dão resultado esta chuva surgiram do asteróide 2003 EH1, em resultado da desintegração de um cometa há 500 anos atrás. A Terra intersecta a órbita do 2003 EH num ângulo perpendicular, o que significa uma passagem rápida por quaisquer detritos.
Veja aqui todas as informações astronómicas desta chuva!
O mapa do céu do hemisfério norte, para encontrar a radiante no céu.
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muito satisfeito por este tópico, obrigado.
[…] Esta noite temos o pico da chuva de meteoros conhecida como Quadrantidas. Para ter informações sobre esta forte chuva de estrelas, leia este nosso artigo. […]
[…] – Chuvas de Meteoros: Quadrantidas (2014, 2012). Líridas (2014, 2013, 2012). Eta Aquarids (2014, 2013, 2011, vídeo). Perseidas (2013, 2011 […]
[…] 17 – a 3 de Janeiro iremos ter o pico da chuva de meteoros Quadrantidas. […]