A nova série, apresentada por Neil deGrasse Tyson, estreia no ano que Carl Sagan completaria 80 anos. Durante o mês de março de 2014, Cosmos será exibido em 170 países e em 48 idiomas. “De pé na Via Láctea”, o primeiro episódio da série, é apresentado simultaneamente em todos os canais pagos da Fox e também da NatGeo (pertencente ao grupo Fox). Impactante como a série original, esta é a maior estreia de uma série de televisão da história, até então.
Segue a lista completa*, em ordem de exibição, dos 13 episódios da série “Cosmos – Uma odisseia no espaço-tempo”:
1 – De pé na Via Láctea (Standing Up in the Milky Way)
A Nave da Imaginação, sem restrições de limites comuns sobre velocidade e tamanho, atraída pela música de harmonias cósmicas, pode nos levar a qualquer lugar no espaço e no tempo. Ela está vagando por mais de três décadas, e ainda assim nunca foi ultrapassada. Seu legado mundial continua vibrante. Agora, é hora, mais uma vez, de zarpar para as estrelas.
2 – Coisas que as moléculas fazem (Some of the Things That Molecules Do)
A vida é transformação. A seleção artificial transformou o lobo em pastor e todas as demais raças caninas que amamos hoje. E ao longo das eras, a seleção natural tem esculpido o extraordinariamente complexo olho humano a partir de um pedaço microscópico de pigmento.
3 – Quando o conhecimento venceu o medo (When Knowledge Conquered Fear)
Houve um tempo, não muito tempo atrás, em que os eventos naturais só podiam ser compreendidos como gestos de desagrado divino. Vamos testemunhar o momento no qual tudo mudou, mas primeiro – a Nave da Imaginação está no chocante e frígido reino da Nuvem Oort, onde um trilhão de cometas esperam. Nossa nave nos leva em uma viagem de arrepiar os cabelos, perseguindo um único cometa em seu mergulho de milhões de anos até o sol.
4 – Um céu cheio de fantasmas (A Sky Full of Ghosts)**
Uma exploração de como a luz, o tempo e a gravidade se combinam para distorcer a nossa percepção do universo. Nós acompanhamos uma série de passeios ao longo de uma praia nas noites de verão no ano de 1809. William Herschel, cujas muitas descobertas incluem a percepção de que os telescópios são máquinas do tempo, conta histórias de ninar para seu filho, John, que vai crescer para fazer algumas descobertas bastante profundas. Uma estranha ameaça espreita nas proximidades. Todos os três estão envolvidos nos truques que a luz desempenha com o tempo e a gravidade.
5 – Escondido na luz (Hiding in the Light)**
As chaves para o cosmos estão ao nosso redor para serem encontradas há muito tempo. A luz, em si, tem muitas destas chaves, mas nós nunca percebemos que elas estavam lá até que aprendemos as regras básicas da ciência.
6 – Aprofundando (Deeper, Deeper, Deeper Still)
A ciência coloca seu Manto de Visibilidade sobre tudo, incluindo Neil, para vê-lo como um homem composto de seus átomos constituintes. A Nave da Imaginação nos leva em uma viagem épica ao fundo de uma gota de orvalho para descobrir as exóticas formas de vida e os violentos conflitos que estão por lá. Voltamos à superfície para encontrar engenhosas estratégias para enviar mensagens antigas para o futuro.
7 – Sala limpa (The Clean Room)
Este episódio traz uma história pouco conhecida, porém heroica, sobre um rapaz de Iowa. Ela não pode ser realmente contada sem mencionar o tempo anterior à formação da Terra e a origem dos elementos nos corações de estrelas. A juventude tempestuosa da Terra efetivamente apagou todos os traços de seu início. Como nunca descobrimos a sua verdadeira idade?
8 – Irmãs do Sol (Sisters of the Sun)
As Plêiades fornecem um veículo para explorarmos uma série de paradoxos e descobertas de época para a humanidade. A história não contada das modernas “Irmãs do Sol”, as astrônomas do início do século XX lideradas por duas mulheres com deficiência auditiva em Harvard que catalogaram as estrelas. É também a história da jovem britânica que juntou-se a elas, seu desafio de maior especialista do mundo e como ela ensinou ao mundo do que as estrelas são feitas de verdade.
9 – Os mundos perdidos do planeta Terra (The Lost Worlds of Planet Earth)**
O passado é um outro planeta – muitos, na verdade – e nós traremos muitos deles de volta à vida e viajaremos na Nave da Imaginação rumo a uma visão da Terra localizada em um quarto de bilhão de anos no futuro. Junte-se a nós numa jornada através do espaço e do tempo para compreender como a autobiografia da Terra está escrita em seus átomos, oceanos, continentes e em todas as coisas vivas.
10 – O garoto elétrico (The Electric Boy)**
Nosso mundo de alta tecnologia e comunicação eletrônica instantânea uns com os outros e com nossos emissários robóticos na fronteira do Sistema Solar é desmistificado através da inspiradora história de vida do homem que o gênio Albert Einstein reverenciava. Michael Faraday, uma criança que viveu a pobreza do século XIX, alguém de quem nada grandioso era esperado, inventor do motor e do gerador e um Cristão fundamentalista durante toda vida, ele é a ponte para o mundo dos smartphones, tablets e muito mais.
11 – Os imortais (The Immortals)
A vida envia suas próprias mensagens através de bilhões de anos. Elas estão escritas dentro de nós, no nosso DNA. Mas nós conseguiremos sobreviver os danos causados pela nossa civilização global? Neil compartilha uma visão esperançosa do que o futuro poderia ser se nós levarmos nosso conhecimento científico a sério.
12 – O mundo livre (The World Set Free)
Nossa jornada começa com uma viagem para outro mundo e tempo, uma praia idílica durante o último dia perfeito no planeta Vênus, bem antes de um efeito estufa descontrolado destruir o planeta, fervendo os oceanos e transformando os céus em um amarelo doentio. Nós então traçamos nosso surpreendentemente longo histórico de consciência sobre aquecimento global, levando a Nave da imaginação a intervir em alguns pontos críticos do tempo. Concluímos com uma visão de tirar o fôlego do futuro magnífico que está cientifica e tecnicamente ao nosso alcance, se aproveitarmos isso.
13 – Sem medo da escuridão (Unafraid of the Dark)
Nós viajamos juntos por um longo caminho, das profundezas do coração de um átomo ao horizonte cósmico, do início dos tempos ao futuro distante… Estamos prontos para realizar um experimento. É uma experiência de pensamento, então tudo o que você vai precisar é do cérebro. Se você fizer isso corretamente, a vastidão e mistério do cosmos serão o resultado inevitável. Testemunhamos Martin Behaim criar o primeiro globo terrestre apenas alguns meses antes de Colombo descobrir outro continente ou dois.
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* podem ocorrer diferenças na tradução oficial feita pelos canais Fox em Portugal, Brasil e outros países que falam a língua portuguesa
** ATUALIZAÇÃO (19/04/2014). A ordem de exibição de alguns episódios foi alterada, diferente da lista inicialmente divulgada. O post está atualizado.
12 comentários
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Qual episodio fala sobre Newton?
Terceiro.
Fala Ronaldo,
Valeu pelo alerta. Realmente foi alterada a ordem de exibição de alguns episódios, diferente da lista que haviam divulgado inicialmente. Descobri que os episódios 9 e 10 também serão invertidos. Vou atualizar no post!
Abração e obrigado pelo convite. Vamos conversar =)
Hemerson, os títulos dos episódios 4 e 5 não estão trocados?
Abraços e parabéns pela adição a este valioso blog.
Se quiser participar do Aster também será uma honra.
(www.asterportal.org ou http://www.asterportal.org/wp)
Abraços.
queria saber as datas
Gostei moderadamente do 1º episódio: A qualidade gráfica é ótima (pelos trailers não esperava menos) e, na falta do Mestre Sagan, Tyson tem uma apresentação sóbria mas cativante, com excelente dicção, penso que foi uma ótima escolha.
Não se pode dizer (até agora) que, em termos de conteúdo, se avance muito em relação ao que tinha sido exposto há 30 anos atrás, mas também é verdade que nada mudou tanto assim e não existem assim tantos factos novos conhecidos.
Um aspeto que me desiludiu (mas que terá a ver com a sociedade atual) foi a insistência no esclarecimento do que é o espírito científico em oposição aos dogmas e ideias pré-concebidas, isto é, para quem via a série há 30 anos (e mesmo que tivesse 12 anos na altura) isso era algo que nem estava em discussão (that goes without saying), portanto, este facto só ilustra o quanto realmente regredimos em 30 anos.
A questão é que o tempo “perdido” nestas reflexões retira tempo útil para transmissão de conhecimento realmente relevante, contudo, este 1º episódio foi apenas a introdução, talvez as coisas mudem mais à frente.
Achei também algum abuso na utilização de figuras de animação, isto é, não sendo má ideia penso contudo que foram utilizadas demasiado tempo. Em relação à música, também ficou àquem do desejado, embora os padrões de referência da 1ª série fossem quase impossíveis de igualar.
De assinalar a utilização de algumas noções pouco precisas (ou traduzidas de forma deficiente):
– É referido que Marte tem “a mesma quantidade de terra do que a Terra”, penso que queiram dizer “a mesma superficie terrestre” (não líquida);
– Julgo ser referido a certa altura que a descoberta do telescópio nos permitiu visualizar (desde logo) a existência de outras galáxias, ou melhor, ter consciência de que estávamos inseridos numa de muitas galáxias;
Julgo ter-me apercebido da utilização de outras expressões e definições pouco precisas ou dúbias, mas teria de rever o episódio para as assinalar.
Insistência?
O mundo não mudou em nada depois de 30 anos, pois são dois bilhões de pessoas que acreditam no mito infantil criacionista como sendo verdade e quase metade dos EUA acredita que o mundo tem seis mil anos, isso que os EUA são a maior potência de ciência do mundo.
Foi excelente essa parte, pois, sim, sempre é necessário:
– “enquadrar”, nos seus devidos lugares, o que funciona e o que não funciona.
– mostrar como funciona uma ideologia e como funciona um cérebro que realmente quer saber as coisas desse mundo,
– como é um mundo arcaico e ignorante e como é um mundo mais rico com conhecimento.
– e a grande diferença para melhor na vida de todos quando se tem um método adequado para desvelar real conhecimento e se tem a intenção de encontrar a realidade de como o mundo funciona, doa a (crença) quem doer.
Boa tarde
Salvo erro no 1º episódio apareceu uma imagem da cidade do Porto e Vila Nova de Gaia……Portugal rules!!!!
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Media/Interior.aspx?content_id=3743819
Cumprimentos
😀 nice 😀
Obrigado 😉
Ah boa!
Quando vi a imagem no documentário achei-a espectacular. Quem diria que é cá do nosso sítio! 😀
Pequenas notas sobre o episódio 1
(a) “spacetime” não é “espaço”. “espaço-tempo” parece-me adequado.
(b) os asteroides na cintura de asteroide ou os objectos na cintura de Kuiper não estão assim tão em cima uns dos outros.
This is not dark matter, this is great matter! 😀
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