Terceira Guerra Mundial? Provavelmente não.

EUA III Guerra mundial Há algum tempo que se fala nas redes sociais, vlogs e blogs, da eventualidade da Crise Ucraniana mais a invasão russa do território da Crimeia, com a intenção de proteger as bases militares e os cidadãos de origem russa nessa região ucraniana, desencadear uma Terceira Guerra Mundial. O que acontece é que a invasão por parte da Rússia, sobre um território de soberania da Ucrânia, quebra protocolos internacionais. Mas qual o interesse real da parte russa?

Vodca ou Cerveja?

Vladimir Putin assumiu o governo russo sobre questões bem controversas, e no fundo, o que quer é se auto-afirmar. Ele quer na verdade atrair ao mesmo tempo as alas mais conservadoras e as mais nacionalistas e também aumentar sua influência sobre as nações da antiga União Soviética – como a Ucrânia. Grande parte dos ucranianos mostram interesse em aderir seu país à União Europeia, entrando em conflito com a ala pró-russa. Tudo isso acontece no meio do círculo vicioso e ânimos exaltados de uma grave crise econômica em que vive a Ucrânia.

Tio-Sam e Velho mundo contra o Império Vermelho

A OTAN se posicionou contra a invasão da Crimeia, e os EUA já estão fazendo sanções à Rússia. A Europa ainda é insegura sobre isso e questiona a eficácia das sanções econômicas, no geral o G7 tem dado ultimatos à Rússia, que ainda se mostra praticamente inflexível. Do outro lado, a China se manifestou em apoio à iniciativa russa, algo que faz todos pensarem num novo conflito mundial envolvendo muitos países, mas mais precisamente os Estados Unidos e algumas potências europeias contra o poderoso bloco Rússia-China.

Quem realmente manda no Mundo: o Capital

O Futuro do Mundo é incerto demais para se afirmar qual será a conclusão final de crises como essa – que de certa forma segue a mesma linha da crise na Síria. Mas numa analise mais objetiva, colocando na balança várias relações e forças em jogo, o caminho da guerra se mostra menos provável do que aquilo que os eventos e a experiência histórica parecem indicar.

Juntas, a China e a Rússia têm mais de 15 trilhões de dólares em títulos da dívida pública norte-americana – e podem quebrar o Tio-Sam com muita facilidade, e nem a América e a Europa escapam; assim como a crise financeira na Europa é grande demais para que seus países optem por um conflito militar, que é altamente custoso. O gás-natural da Rússia abastece cerca de um quarto do consumo europeu, em números atuais – e metade desse gás passa pela Ucrânia.

O presidente Barack Obama é muito diferente de seus antecessores mais afeitos à guerra. Sua política externa é visivelmente mais afeita à diplomacia do que à força. Nem EUA e nem a Europa, e muito pouco as sanções, causam uma real preocupação na Rússia e na China, juntas elas possuem um exército colossal e centenas de ogivas nucleares. Em poucas palavras, os gigantes asiáticos têm muito menos medo do conflito que os europeus e americanos, essa é a realidade.

Há muito mais a perder do que a ganhar, o que torna o conflito armado, em escala de guerra mundial, improvável. O que realmente sela o destino do mundo não é mais a guerra, nem a máscara da diplomacia; mas simplesmente o capital.

 

Referências: Noticiários e notícias no site da BBC.

 

6 comentários

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  1. essa china e russia juntos são muinto poderosos juntos por isso que eu detesto os chineses :/ lancem as nukes antes que seja tarde de mais 🙂 minha opinião não levem a mal mas eu pergunto me china tem nukes kk made in china se é que me entende ou se é que funcionam 🙂

  2. Mas é, exactamente por tudo isso que aponta, que as coisas podem aquecer e…violentamente. Todos os Estados têm objectivos e, entre eles, há uns que se chamam “Objectivos vitais”. Como o próprio nome indica, são vitais, isto é, pela sua posse ou com a sua perda, assim um Estado continua a existir ou desaparece. Nem mais nem menos.
    E dêem-lhe as voltas que entenderem e quiserem, todos agem em função deles porque eles e só eles garantem a vida ou condenam à morte. Toda a acção de um Estado, directa ou indirectamente, é dirigida em função desta verdade. Por isso é que entre estados não há amizades, mas tão só interesses que os obrigam a aliar-se quando eles são concordantes ou conflituar com dureza quando o não são. A diplomacia é o modo de negociar em paz, mas, infelizmente ela pode desembocar num campo de contradições formais e anular a sua acção, terminando. Aqui, de imediato, avança o conceito que Luís XIV de França bem exprimiu, quando mandou gravar nos canhôes da sua artilharia esta simples frase latina – ULTIMA RATIO REGUM – o último argumento do rei. Nada mais é que um corolário do que, bastantes anos mais tarde, Von Clausewitz dizia: – “a Guerra é a continuação Diplomacia por outros meios”.
    Um estudo aprofundado da situação financeira que antecedeu a I Guerra Mundial e as interdependências existentes entre os beligerantes, é de molde a hoje termos não um, mas os dois pés à retaguarda. Queira Deus, meu caro analista, que as suas considerações vinguem e sejam as únicas (e que eu esteja redundantemente enganado!)
    Mas estes textos estão absolutamente deslocados neste esplêndido blog. Estas coisas entre os humanos são minudências multiplicadas por 10 elevado a menos um número enormíssimo, no contexto do sistema em que o nosso comum lar se move e a região do espaço onde a nossa Galáxia se encontra. Boa-noite.

  3. Excelente artigo! Parabéns!

  4. Vodca x Marihuana neh

  5. A questão de pender a Ucrânia para o lado da UE ou para a Federação Russa tem um cheirinho a “jogada”.
    1º, Quem reivindica a aproximação à UE? A maioria das pessoas? Um grupo de “iluminados” que entende que a UE tem sistema judicial honesto e paga ordenados melhores? Ou o ocidente e a Alemanha a ver um mercado de muitos milhões com mão de obra barata e boa formação académica, prontos a serem “chuládos”, como acontece por cá?
    2º. A Ucrânia tem tecnologia aeronáutica “Antonov” e também é o principal fornecedor de cereais naquela zona .
    Claro que a Rússia não vê com agrado um possível encosto à UE (Alemanha). Os tipos não andam a dormir e não tem memória curta!
    Não seja pela Antonov, pois a Rússia tem a Mig e a Skhoi, ambas as companhias com pedigree em equipamento aeronáutico de guerra, mas tem que se ter tudo em conta.

  6. mais um motivo para aumentar preços… é uma probalidade maior.

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