O Telescópio Espacial Hubble fez esta imagem da galáxia espiral ESO 137-001, à medida que esta se move através do aglomerado galáctico Abell 3627. Este aglomerado está a “retirar as entranhas” da galáxia espiral, fazendo com que estas se espalhem pelo espaço como se vê pelas brilhantes faixas azuis. Estamos na presença de um “crime” cósmico.
As faixas que se vêem na imagem são constituídas por jovens estrelas quentes e azuis rodeadas por correntes de gás, que estão a ser arrancadas da galáxia à medida que esta se move pelo espaço.
Este processo é conhecido como pressão de arraste – força sentida por um objeto quando se move através de um fluido (como quando colocamos a cabeça de fora num carro em andamento). O fluido neste caso é o gás super-aquecido existente no centro de aglomerados galácticos.
Uma das consequências deste processo é que a galáxia irá ficar com pouco gás frio para formar estrelas, o que levará a que a galáxia se torne incapaz de formar novas estrelas.
ESO 137-001 pertence ao Aglomerado da Norma, um aglomerado de galáxias que se encontra perto do chamado Grande Atractor, uma região do espaço que se encontra a cerca de 200 milhões de anos-luz de distância da Via Láctea e que é tão massiva que atrai aglomerados galácticos (incluindo o nosso Grupo Local).
Leiam o artigo original, aqui.
4 comentários
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Perdoe minha ignorância, esses vídeos que nós vemos de um telescópio dando zoom em um determinado ponto é a visão real dele ou é trabalho em computadores?
Sou apaixonado por astronomia e estou começando a estudar essa área como hobby 🙂
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É computador… mas na prática é como se fosse visão real.
Os telescópios permitem-nos ver mais longe… há 500 anos só via perto, depois viu mais longe, depois mais longe, depois mais longe, e agora, com o Hubble Space Telescope vê a “imagem final”, bem lá longe 😉
Na prática, ao longo da história, vamos fazendo um zoom cada vez maior 🙂
abraços!
Por volta de quanto tempo duram esses fenômenos gigantescos?
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No mínimo… muitos milhões de anos 🙂