Venera 6

Lançada no dia 10 de Janeiro de 1969, esta sonda espacial soviética chegou a Vénus a 17 de Maio de 1969. Nessa altura, largou uma cápsula na atmosfera Venusiana. Enquanto esta cápsula descia pela atmosfera, os seus instrumentos científicos deram-nos valiosos conhecimentos sobre este mundo “infernal”. 51 minutos depois, a cápsula pousou, ou melhor, espatifou-se na superfície, concluindo a missão.

A sua “irmã” Venera 4, tinha sido a primeira sonda feita por humanos a entrar (e enviar dados científicos) na atmosfera de um planeta extraterrestre (neste caso, Vénus) a 18 de Outubro de 1967.
A outra “irmã”, Venera 7, iria ser a primeira sonda a pousar suavemente num planeta, a 15 de Dezembro de 1970.
Ainda outra “irmã”, Venera 9, foi a primeira sonda a enviar imagens a partir da superfície de outro planeta, a 9 de Junho de 1975.

O programa Venera foi um enorme sucesso. As suas 16 sondas (um número que inclui as que falharam) providenciaram-nos com um enorme conhecimento do planeta mais próximo da Terra.
O nosso “planeta irmão” (com uma composição, gravidade e tamanho similares à Terra), que durante séculos despertou a imaginação de muitos, não era o paraíso tropical que a ficção científica pretendia, com vegetação luxuriante, dinossauros, pântanos, e humanos ne­gros de baixa es­ta­tura, mas era na verdade um inferno incrivelmente interessante com uma temperatura de 462ºC, uma pressão atmosférica à superfície 92 vezes superior à Terra, uma composição atmosférica com 96% de dióxido de carbono, chuva de ácido sulfúrico, e uma densa camada de nuvens.