Convido-vos a lerem este artigo bastante interessante do Portal do Astrónomo.
“Investigadores financiados pela NASA detetaram os primeiros sinais de uma “exolua” – uma lua orbitando um planeta que se encontra fora do nosso Sistema Solar – e embora considerem ser impossível confirmar a sua presença, a descoberta pode significar um passo em frente para a localização de outras exoluas. O achado deu-se enquanto se assistia a um encontro casual de objectos na nossa galáxia, que pode ser testemunhado apenas uma vez.
“Não vamos ter a oportunidade de observar o candidato a exolua novamente” (…)
(…) A técnica de microlente gravitacional utilizada aproveita alinhamentos casuais entre as estrelas. Quando uma estrela em primeiro plano passa entre nós e uma estrela mais distante, a estrela mais próxima pode agir como uma lente, concentrando e aumentando o brilho da luz da mais distante. Eventos deste tipo costumam durar cerca de um mês.
Se a estrela em primeiro plano – a que os astrónomos chamam lente – tiver em órbita um planeta, este irá actuar como uma segunda lente aumentando ainda mais ou obscurecendo o brilho da luz. Examinando cuidadosamente estes eventos, os astrónomos podem calcular a massa da estrela em primeiro plano em relação ao seu planeta.
Em alguns casos, no entanto, o objecto em primeiro plano pode ser um planeta errante e não uma estrela. Então, os investigadores podem ser capazes de medir a massa do planeta em relação ao seu companheiro em órbita: a lua. Os astrónomos têm procurado activamente exoluas – por exemplo, usando dados de missão Kepler da NASA – mas, até agora, não encontraram nenhuma.
No novo estudo, a natureza do objecto em primeiro plano, a lente, não é clara. A relação entre o corpo de maiores dimensões e o seu companheiro mais pequeno é de 2000 para 1. Isto significa que o par tanto pode ser uma pequena estrela fraca com um planeta em órbita, com cerca de 18 vezes a massa da Terra, como um planeta com mais massa que Júpiter com uma lua de menor massa que a Terra.
Infelizmente, os astrónomos não têm maneira de dizer qual desses dois cenários é correcto.
(…)
A resposta ao mistério está em saber a distância a que se encontra o par em órbita. Um par de massa mais baixa perto da Terra irá produzir o mesmo tipo de evento brilhante que um par com maior massa a uma distância maior. Mas uma vez terminado o evento, é muito difícil conseguir medidas adicionais para o sistema de lentes e determinar a sua distância. A verdadeira identidade do candidato a exolua e do seu companheiro, um sistema ao qual se deu o nome de MOA-2011-BLG-262, permanecerá desconhecida.
(…)
O novo candidato a exolua, se for verdadeiro, estará a orbitar um planeta errante. O planeta pode ter sido ejectado a partir dos confins cheios de poeira de um sistema planetário jovem, levando atrás de si a sua lua companheira.”
Leiam o artigo completo, no Portal do Astrónomo, aqui.
Podem também ler o artigo original, da NASA, aqui.
1 comentário
Planeta errante ou estrela, afinal é só a massa que difere ..