Os Caça-Fantasmas

Adorei este filme quando saiu, em 1984, e desde aí já o vi por diversas vezes.

É um filme de entretenimento, com comédia…

O naipe de atores faz inveja a muitos filmes: Bill Murray, Dan Aykroyd, Sigourney Weaver, entre vários outros.

O filme foi um enorme sucesso de bilheteira quando saiu, e com razão.

A história é relativamente simples:

Três professores universitários de parapsicologia na Universidade Columbia de Nova Iorque, criam uma empresa para caçar fantasmas. A empresa fica sediada num antigo edifício dos bombeiros e compram uma ambulância Cadillac Miller-Meteor, o Ecto-1.

Os três professores são: Dr. Egon Spengler, o verdadeiro cientista, Dr. Raymond Stantz, o historiador e “faz-tudo”, e Dr. Peter Venkman, o manipulador e vendedor (basicamente, o charlatão).

Após capturarem um simpático fantasminha verde e alcançarem a fama, têm que combater a semi-deusa Zuul, que trabalha para Gozer, O Destruidor. Supostamente, foram deuses adorados pelos Sumérios e pelos Hititas em 6.000 A.C.

Deixem-me dar algum realce a alguns aspetos:

– depois de criarem a empresa, e após um período de não haver avistamentos, Nova Iorque (obviamente) fica cheia de fantasmas. De nenhum fantasma passa-se para uma cidade cheia de fantasmas… senão não havia filme.

– quando os fantasmas atacam em força, as pessoas dizem que será o fim do mundo. Como se percebe, algo acontecer numa só cidade do planeta, faz as pessoas considerarem que todo o planeta deixará de existir como o conhecemos.

– Peter Venkman estuda a perceção extrasensorial e cria a empresa de caçar-fantasmas com um único propósito: conhecer mulheres.

– uma outra evidência de que Venkman só entra neste negócio devido à sua faceta de mulherengo, é que Venkman é bastante cético em relação aos avistamentos de fantasmas. Por exemplo, ele pergunta à bibliotecária se ela tem um historial de doenças mentais na família, se toma drogas ou se bebe bastante (essas eram as hipóteses dele para o que lhe tinha acontecido). Além disso, quando Dana fica ofendida com as perguntas dele e responde com a pergunta: “Quem inventa histórias destas?”, Venkman responde imediatamente: pessoas que precisam de atenção e pessoas que são malucas.

– quando a equipa tem que contratar um quarto elemento, na entrevista que lhe é feita as únicas perguntas são se ele acredita num grande número de disparates, que incluem acreditar em OVNIs, no Monstro de Loch Ness e até na Atlântida. Ou seja, tem que ser uma pessoa que acredite em tudo que seja treta. O candidato responde que o que quer é um salário mensal, e para isso, ele pode acreditar em tudo o que lhe disserem. Conclusão: é contratado.

– não entendo o que é o “resíduo ectoplásmico”, que no filme chamam de muco, mas que eu chamaria de ranho. Como é que os fantasmas deixam isto para trás? Não se sabe. Mas pelos vistos, os fantasmas não são feitos só de energia desconhecida, mas são como caracóis…
Já o comboio/trem do segundo filme nada deixa, nem sequer interfere com a pessoa que “atropela”. São fantasmas “especiais”.

– curiosamente os fantasmas são muito seletivos: conseguem atravessar perfeitamente as paredes, sem interagirem com elas; mas quando se trata de livros, comida, bebés, etc, já não os atravessam, mas pegam neles.

– o frigorífico da Dana torna-se uma entrada para outra dimensão. Mas não sempre, só quando lhe dá jeito. Porque a torradeira também não é uma janela dessa outra dimensão?

– os aspiradores apanham os fantasmas, não sugam só o pó.

Não gostei do final do filme, pela mesma razão que não gosto de 99,99% dos filmes de invasões extraterrestres: os humanos ganham sempre.

Mas gostei desta frase do filme: “Quando te perguntam se és um Deus, respondes que Sim!”

E, claro, não pode ser esquecida… a fantástica música:

Em 1989, cinco anos após o primeiro filme, saiu o segundo filme desta saga.

No entanto, não gostei deste filme. A novidade tinha-se perdido…

Sem fantasmas para apanhar, os quatros “caçadores” fazem festas para crianças entre outras atividades (Peter Venkman tem um programa de televisão sobre psíquicos que preveem datas de fim-do-mundo… obviamente ele goza com eles, mas eles nem notam).

Entretanto, o espírito de Vigo dos Cárpatos, um cruel ditador da Moldávia do século XVI, entra na nossa realidade através de um seu retrato que está na empresa de restauração de pinturas em que Dana trabalha.

Os caça-fantasmas entram em ação, pedindo às pessoas que vivem em Nova Iorque para enviarem “energias positivas” (seja lá o que isso for) já que supostamente o espírito do ditador e a sua “gosma” alimentam-se do “estado emocional” das pessoas.

Mais de 30 anos depois do primeiro filme… poderá existir um terceiro filme desta saga…