Sob a Pele

Under the Skin (Sob a Pele / Debaixo da Pele) é um filme que está nos cinemas.

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Uma alienígena vem à Terra, mais concretamente à Escócia, para substituir uma outra alienígena que entretanto faleceu. A alienígena usa um belíssimo corpo humano (Scarlett Johansson) e percorre as estradas em busca de presas humanas. A sua arma é a sedução e a sexualidade. Após seduzir os homens, deixa que eles se deixem levar para a sua própria morte, retirando-lhes toda a carne sob a pele.

Ela é bastante fria em todo o processo, mas gradualmente vai ganhando sentimentos e emoções humanas.
Ela tenta escapar ao trabalho que tem na Terra – quer parar de matar – mas os seus supervisores (motoqueiros) não a deixam.

No final, um lenhador tenta violá-la, mas tira-lhe parte da pele, revelando o corpo alienígena. A seguir pega-lhe fogo, matando-a.

Um filme sobre extraterrestres e com a Scarlett Johansson tinha tudo para ser um sucesso… pensava eu.
E o filme até pode ser criativo (é gravado de forma que parece amadora), artístico e visualmente apelativo, mas para mim é um filme demasiado estranho.
Achei o filme demasiado parado. E ou o filme é demasiado intelectual para mim, ou então é pseudo-intelectual (quer se fazer passar por intelectual, quando na prática é um filme chato).

O filme não é realmente de ficção científica, mas é mais um filme existencialista: os Humanos são vistos pelos olhos extraterrestres como simples “sacos de carne” (todos iguais). Mas à medida que ela vai tendo mais experiências, vai começando a ver indivíduos.

O que se vê no filme é o processo em que ela se vai descobrindo a ela própria e questionando a sua missão. Ela deixa de ser tão fria e vai desenvolvendo moralidade e empatia.

O filme talvez tenha como mensagem uma crítica social às relações vazias que as pessoas desenvolvem entre si, incluindo relações sexuais.

Não gostei do facto dela ser humanoide (por baixo da pele humana).
E, claro, detesto o facto dela se “converter” às emoções humanas, como se elas fossem as melhores no Universo.

O filme parece promover a ideia de que devemos ter cuidado com as boleias… e sobretudo devemos ter cuidado com o canto das sereias

O filme também promove a paranoia que mulheres e motoqueiros aparentemente humanos, podem na verdade ser extraterrestres disfarçados. Ou seja, os extraterrestres podem estar entre nós, sem os notarmos, como no filme Eles Vivem.

Penso que o filme mais parecido com este em termos de história é o Species – Espécie Mortal, mas considero o Species um muito melhor filme de entretenimento.

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2 comentários

    • Graciete Virgínia Rietsch Monteiro Fernanbdes on 23/07/2014 at 21:52
    • Responder

    Bem linda a extraterrestre!!! Mas, como já tenho dito, não aprecio muito os filmes de ficção científica. No entanto gosto de ler estas críticas.
    Um abraço.

  1. Sexo, violência e “Rock & Roll”.

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