Cicatrizes de um cometa
A equipa da missão Rosetta publicou hoje esta magnífica imagem da região do “pescoço” do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko:
Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko visto pela sonda Rosetta, a 07 de agosto de 2014.
Crédito: ESA/Rosetta/MPS para a equipa OSIRIS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA.
Obtida na semana passada, a uma distância de 104 quilómetros, a imagem mostra detalhes surpreendentes da superfície do cometa, incluindo cristas lineares paralelas na região da “cabeça”, blocos dispersos numa área plana do “pescoço”, e depressões circulares (crateras?) com orlas recortadas na região do “corpo”.
Podem ver aqui uma perspetiva semelhante em 3D.
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Sérgio Paulino
Sérgio Paulino licenciou-se em Análises Clínicas e Saúde Pública e, mais recentemente, em Biologia. Iniciou o seu percurso profissional por algumas áreas do diagnóstico clínico laboratorial, incluindo o diagnóstico de anomalias cromossómicas. Actualmente realiza numa instituição pública o estudo e monitorização de cianobactérias e toxinas associadas em albufeiras portuguesas. Interessa-se por diversas áreas da ciência, mas nutre uma paixão especial pela Astronomia. Tem um fascínio particular pela exploração do Sistema Solar, pela descoberta de outros sistemas planetários, e pela possibilidade de existência de vida extraterrestre.
3 comentários
Obrigada, professor Carlos Oliveira.
Seria possível que o núcleo de um cometa com um pouco mais de captação de poeiras e outros detritos, viesse a transformar-se num pequeno planeta?. Esta dúvida surgiu-me pela observação da fotografia e pela ideia errada que eu tinha de um cometa. Mas deve ser um grande disparate.
Cumprimentos.
Olá Graciete,
O problema são as dimensões 😉
Este cometa tem de diâmetro 4 km. A Terra tem quase 13 mil km.
É verdade que os planetas se formam dessa forma: por juntarem gradualmente mais e mais matéria. No entanto, é no início dos sistemas planetários, quando há muita matéria para se juntar e é durante um relativamente curto espaço de tempo.
Neste momento, isso já não é possível, porque não há matéria para isso 😉
abraços