As estrelas de primeira geração foram as primeiras estrelas no Universo. Eram estrelas bastante maciças, e por isso duraram pouco tempo. Assim, são estrelas que estão extintas há milhares de milhões (bilhões, no Brasil) de anos. Eram estrelas com somente hidrogénio e hélio, já que (grosso modo) estes eram os únicos elementos existentes na altura no Universo.
Uma equipa internacional de astrónomos descobriu agora uma estrela de pouca massa, chamada SDSS J0018-0939. É uma estrela velha, pequena e laranja. A curiosidade desta estrela é que tem poucos metais (elementos mais pesados que o hidrogénio e o hélio).
Mas mais importante que isso, esta estrela tem muito mais ferro que carbono. Isto era o que se previa que as estrelas de pouca massa tivessem, caso fossem influenciadas (para a sua criação) por explosões (supernovas) de estrelas de primeira geração bastante massivas (tinham mais de 100 vezes mais massa que o Sol).
Note-se que além disso, mesmo a maior abundância de ferro, é mesmo assim 300 vezes menor que no Sol (carbono e outros elementos é ainda menos). Isto é o que se espera de uma estrela que se formou numa nuvem de hidrogénio que continha alguns elementos pesados que foram dispersos pelo Universo após a morte de uma estrela maciça de primeira geração.
Temos assim a assinatura química de uma estrela de pouca massa de 2ª geração que nos mostra evidências indiretas da existência anterior de estrelas de primeira geração bastante massivas.
Leia o comunicado de imprensa, aqui, e o artigo cientifico.
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