A sonda espacial Stardust – traduzido como poeira das estrelas, star dust – foi lançada há 15 anos para investigar o cometa Wild2, o asteróide Annefrank e, ainda, colher amostras de poeira interestelar. A missão terminou em 2006, depois de visitar Annefrank em 2002 e o Wild2 em 2004, mas ainda há ecos do que a sonda colheu.
As partículas colhidas pelo aerogel, uma substância que é formada em 99,8% do seu volume por espaços vazios, apresentam uma variação maior do que o esperado para partículas capturadas tão próximas em termos espaciais. Isto leva a pensar que essas partículas são poeira interestelar que se foram aproximando. Não tiveram uma origem próxima umas das outras, por isso fica descartada a hipótese de seram oriundas de colisões no Sistema Solar.
Foram divulgados os resultados da análise química e estrutural de 7 partículas com massa conjunta de 1 picograma que mostram uma grande divergência entre elas. Os modelos, até agora, previam que as partículas cristalinas são destruídas por raios cósmicos de alta energia e convertidos em pó amorfo. Foi verificado, nestas análises, que 2 das 7 partículas são cristalinas. Esperava-se uma percentagem de 2% de partículas cristalinas.
“A presença de grânulos cristalinos e múltiplas fases do ferro, incluindo sulfeto, indica que as partículas interestelares individuais divergem de qualquer modelo representativo da poeira interestelar inferido a partir das observações astronómicas e das teorias“, refere Jan Leitner, do Instituto Max Planck, na Alemanha
Em baixo podem ver a amostra colhida:
Fonte: Site Inovação Tecnológica
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