Arp 188 e a Cauda do Girino
Crédito: Hubble Legacy Archive, ESA, NASA; Joachim Dietrich
Esta fabulosa imagem mostra Arp 188, a Galáxia do Girino, que se encontra a somente 420 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Para terem uma ideia: a estrela mais próxima do Sol está a cerca de 4 anos-luz; o Sol está a cerca de 27.000 anos-luz do centro da nossa Galáxia; mas esta “cauda” tem 280.000 anos-luz de comprimento.
A cauda terá sido provavelmente causada pela atração gravitacional de uma outra galáxia com a Arp 188. Não houve uma colisão, mas sim um “encontro à distância”, em que as forças de maré “puxaram” estrelas, gás e poeira da Arp 188 (que até aí era uma galáxia espiral normal).
A galáxia causadora de tudo encontra-se agora a 300.000 anos-luz da Galáxia do Girino (na imagem, está na direção do canto superior direito por trás da espiral principal).
Daqui por alguns milhares de milhões de anos, já não existirá qualquer “cauda”. Esta terá se transformado em aglomerados estelares que orbitarão a galáxia espiral.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
3 comentários
300.000 anos-luz de distancia, em termos astronómicos e dado o tamanho dos objectos em causa, pode-se considerar que estão mesmo muito perto uma da outra.
É de estranhar que, nesta situação, não haja mais nenhuma deformação visível e notória em qualquer uma das galáxias.
Não compreendo também lá muito bem como é que a galáxia causadora do aparecimento da cauda se foi posicionar na situação em que actualmente se vê na imagem… 🙂
Prezado comentador,
agradeço-lhe que deixe de comentar, neste site ou em qualquer outro, com a minha identidade (nome e foto). Já fez o mesmo no site da comcept, e agora volta a fazê-lo aqui.
Como deve saber, usurpação de identidade é crime. Posto isto, retire as ilações que entender.
Grato pela atenção.
João L. Monteiro
Essa outra deve ser uma galáxia muito massiva, para puchar massa a essa distância tão grande… Fica dela mais distante que as Nuvens de Magalhães à Via Lactea. 🙂