Água que Move Montanhas

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Todos sabemos que a água tem muita força quando há uma grande massa de água a empurrar um objecto. Temos a noção disso ao ver cheias ou tsunamis. Mas e se vos disser que a ausência de água muda uma montanha?

Devido ao degelo na Gronelândia o nível do mar aumenta, assim como a temperatura do oceano Ártico. Ao mesmo tempo o Ocidente dos EUA principalmente – e podem ver as medições no site Climate Central, na secção Sea Level –  está a passar por uma seca. Algumas partes das montanhas da Califórnia já se elevaram cerca de 15 milímetros em 18 meses devido à evaporação de água. Acontece que a água tem peso e, quando a água evapora e não é substituída, esse peso também desaparece fazendo a terra elevar-se como uma mola.

Um estudo de 21 de agosto no periódico Science (apenas disponível o abstract) por pesquisadores da Instituição Scripps de Oceanografia da University of California-San Diego, mostra a quantificação da água perdida e da elevação das terras. Os cálculos mostram que cerca de 240 gigatoneladas já foram perdidas do solo, na zona do Ocidente dos EUA, o equivalente a 10 centímetros na zona correspondente. “Enquanto algumas montanhas da Califórnia se elevaram até 1,5cm desde o início de 2013, o Ocidente em geral se elevou uma média de aproximadamente 4 milímetros.”.

Desde sempre que ocorreu este evento mas só agora é que há uma técnica que permite a medição.

Duncan Agnew, professor do Instituto de Geofísica e Física Planetária da Instituição Scripps de Oceanografia da University of Caifornia-San Diego, co-autor do artigo diz que as implicações são desconhecidas mas não há efeitos significativos sobre o potencial de terramotos, pois “a quantidade total de stress que foi adicionada nos últimos 18 meses devido à seca é a mesma quantidade de stress adicionada todas as semanas devido à tectónica de placas”.

O artigo original pode ser encontrado aqui, no Climate Central

A versão portuguesa está aqui, na Scientific American

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