Maior Mancha Solar dos Últimos 24 anos em Hiperactividade

Massiva fulguração de Classe X3.1 Crédito: NASA/SDO

Uma semana depois, a RA2192 já tem muito para acrescentar ao currículo: dezenas de fulgurações (tendo uma atingido a magnitude X3.1), blackouts na banda HF de rádio em algumas zonas do globo,  a presença num eclipse solar, o estatuto de maior mancha solar do 24º Ciclo Solar assim como o da maior das últimas duas décadas. Curiosamente, ainda sem qualquer ejecção de massa coronal (conheça melhor a diferença entre uma explosão solar e uma ejecção de massa coronal).

Apesar de já ter perdido mais de 10% da sua total dimensão, hoje, dia 26 de Outubro, marcou o 3º dia consecutivo com a manifestação de fulgurações de Classe X, com a de 24 de Outubro a atingir a classificação de Classe X3.1. Esta colossal explosão conseguiu mesmo desencadear um blackout, às 20h41 UT, sendo classificada como uma tempestade solar. Até a sonda SDO da NASA conseguiu filmar esta titânica explosão (vídeo no final do artigo).

Conforme a página spaceweather, a Região Activa está outra vez a aumentar de tamanho, prometendo ainda mais actividade: 85% de probabilidade de uma fulguração Classe M e 45% de fulguração Classe X para as próximas 24 horas.

Hoje, e conforme testemunho do astrónomo amador açoriano João Porto, “a RA2192 pelas 10:00 UT iniciava a sua quinta fulguração desde que apareceu no limbo SE do Sol. Uma fulguração da classe X2.0 que atingiu o seu máximo pelas 10:56 UT.” Devido à sua “sorte de astrónomo amador”, João Porto conseguiu presenciar o início desta explosão, cedendo as imagens que vemos abaixo, na banda da emissão do espectro visível e do H Alfa:

A fulguração Classe X2,0 expelida pela RA2192 às 10h UT do dia 26 Outubro. Crédito: João Porto (Açores)

A fulguração Classe X2,0 expelida pela RA2192 às 10h UT do dia 26 Outubro. Crédito: João Porto (Açores)

A Região Activa 2192 vista pelo astrónomo amador Pedro Ré, através da luz produzida pelos iões de Cálcio na cromosfera do Sol. http://www.astrosurf.com/re/index.html

A fulguração de Classe X1.0 que foi expelida pela RA2192 no dia 25 de Outubro, aos olhos da sonda Solar Dynamics Observatory da NASA, na banda dos 304 Angstroms. É ainda possível ver um incrível filamento na zona superior do Sol. Crédito: NASA Solar Dynamics Observatory (Little SDO)

Visto no extremo do Ultravioleta, o Sol mostra-nos outra faceta, revelando fantásticos arcos coronais sobre a RA2192. Crédito: NASA Solar Dynamics Observatory (Little SDO)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes: Astronomia no Meio do Atlântico | Space.com | Spaceweather.com

9 comentários

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    • Dinis Ribeiro on 14/01/2015 at 22:02
    • Responder

    O que pensam disto?

    Sun may determine lifespan at birth, study finds
    http://phys.org/news/2015-01-sun-lifespan-birth.html

    Citação:

    Could the Sun be your lucky—or unlucky—star? In an unusual study published Wednesday, Norwegian scientists said people born during periods of solar calm may live longer, as much as five years on average, than those who enter the world when the Sun is feisty.

    The team overlaid demographic data of Norwegians born between 1676 and 1878 with observations of the Sun.
    The lifespan of those born in periods of solar maximum—interludes marked by powerful flares and geomagnetic storms—was “5.2 years shorter” on average than those born during a solar minimum, they found.

    “Solar activity at birth decreased the probability of survival to adulthood,” thus truncating average lifespan, according to the paper published in the journal Proceedings of the Royal Society B.

    Further investigation is needed, they said, to test whether the results were repeated in people of different skin colours, and those living at different latitudes.

    “This study is the first to emphasise the importance of UVR (ultraviolet radiation) in early life,” the authors said.

    Study:

    Solar activity at birth predicted infant survival and women’s fertility in historical Norway, Proceedings of the Royal Society B,
    http://rspb.royalsocietypublishing.org/content/282/1801/20142032

    1. Parece-me astrologia… ou similar (a cena dos bebes nascidos sob Lua Cheia, por exemplo).

      Olhando para os anos usados… curioso que usam dados pouco reliable…. já que nessa altura não se tinha compreensão destes fenómenos 😉

      abraços!

  1. Só mais uma coisa, não tem muito a ver com o post, mas no final do vídeo do Sol acima, abriu um novo vídeo, não assisti por achar que seja pseudo, mas gostaria de esclarecer aqui.
    Segue o link:

    https://www.youtube.com/watch?v=j70pDkqMcvc

    Pode não divulgar o link se for pseudo.

    Mas, isso é verdadeiro? Há algum alerta e risco? Trata-se de que?

    Obrigado!

    1. Existem 40 super-vulcões no mundo. Yellowstone é só um.

      No vídeo é dito que a pessoa *acredita* que não vamos sobreviver ao evento de *9 de Setembro de 2014* devido a Yellowstone. Acho que se pode dizer com confiança que este vídeo pseudo e sensacionalista está errado.

  2. Olá!

    Uma mancha desse tamanho, ou maior, pode trazer mais alguma coisa para nós, além das explosões solares?
    E se uma explosão forte dessas atingir a Terra, produz apenas as auroras e atinge a rede elétrica? Ou mais alguma coisa?

    Alterando as manchas, ou seja, sendo maiores ou menores, podem alterar a temperatura do Sol, e logo da Terra (aumentando ou diminuindo)?

    Obrigado!

    1. As manchas estão constantemente a mudar. Não há problemas para a Terra ou para nós 😉

  3. E isso quer dizer o que???Corremos algum perigo aqui na terra??? Pode extinguir a vida aqui???

    1. Claro que não. É uma mancha solar somente.
      Existem muitas por ano… e ninguém morre.

  4. Em dois dias a manha estará entrando na face oculta do Sol e o espetáculo vai terminar, para nós.

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