New Horizons observa Nix e Hidra

A equipa da missão New Horizons disponibilizou imagens que mostram claramente Nix e Hidra, duas luas de Plutão descobertas com o Telescópio Espacial Hubble em 2005. As imagens foram obtidas pela câmara LORRI (Long-Range Reconnaissance Imager) entre os dias 27 de Janeiro e 8 de Fevereiro, quando a sonda distava do planeta anão entre 201 e 186 milhões de km, respectivamente.

Crédito: NASA/Johns Hopkins APL/Southwest Research Institute.

Crédito: NASA/Johns Hopkins APL/Southwest Research Institute.

O vídeo à esquerda é composto por 7 imagens em que Hidra é identificada por um losango amarelo e Nix por um losango laranja. Cada imagem é uma combinação de 5 imagens, cada com 10 segundos de exposição, para permitir a detecção de objectos mais débeis. Por esse motivo as imagens de Plutão e Caronte aparecem saturadas e unidas num só objecto central. O espigão branco que se estende para a direita é um artefacto provocado pela saturação dos píxeis do sensor CCD da câmara, designado de bloom. As imagens à direita foram processadas de forma a eliminar parte do brilho de Plutão e Caronte e as estrelas de fundo. Este tratamento das imagens deixa alguns artefactos mas facilita a visualização das duas luas.

Os tamanhos relativos de Plutão, Caronte, Nix e Hidra. Crédito: NASA, ESA, A. Stern (SwRI) e Z. Levay (STScI).

Os tamanhos relativos de Plutão, Caronte, Nix e Hidra. Crédito: NASA, ESA, A. Stern (SwRI) e Z. Levay (STScI).

Hidra é a lua mais exterior de Plutão, completando uma órbita em 38 dias, a uma distância de 64 mil km; Nix orbita em 25 dias a uma distância de 49 mil km. Os seus diâmetros não são conhecidos com rigor, estimando-se que estejam entre os 40 e 150 km. Para além de Caronte, Nix e Hidra, Plutão tem ainda mais duas luas pequenas, Estige e Cérbero, que só serão visíveis nos próximos meses.

(Fonte: NASA/New Horizons)

2 comentários

  1. Finalmente satisfeito em parte por estar vendo o rosto de Ceres, a ansiedade por ver Plutão e Caronte só aumenta 🙂

    A existência de mais luas, objetos menores ou mesmo anéis ao redor de Plutão, pode por algum risco de colisão na missão. Minha dúvida é se teríamos condições de mudar a rota da sonda caso for necessário?

    1. O problema é sempre se há tempo de enviar a resposta a mandá-la desviar… 😉
      É que só saberíamos desse problema mais de 4 horas após a sonda dar com ele… e depois teríamos que escrever os comandos e esses novos comandos demorariam mais de 4 horas a chegar lá… 😉

      Se o perigo estiver perto… 8 horas depois já “não existe” problema 😛

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