A homeopatia – tal como o reiki, astrologia, feng-shui, e outras imbecilidades atuais – é somente o “frasquinho de-água-cura-tudo” que os chamados vendedores de banha-de-cobra sempre venderam ao longo da História. Eles continuam a andar de “cidade em cidade” a aproveitar a ignorância da população para lhes venderem tretas que não fazem bem a ninguém. A Idade das Trevas foi a grande época destas superstições.
O professor Carlos Fiolhais, doutorado em Física, publicou um artigo no jornal Público, onde basicamente nos ensina o que é a ciência e como devemos pensar de forma racional. Esta forma de pensar dá-nos tudo, incluindo a internet onde estamos agora… apesar de muitas pessoas, pseudos, ignorarem ou negarem os factos.
Leia o artigo, aqui.
Alguns excertos desse artigo:
“A fraude da água em que a homeopatia se afoga”
“Belo cita um texto do autor principal da fraude, o francês Jacques Benveniste, que curiosamente se intitula “A minha verdade sobre a ‘memória da água’”. Nisso concordamos: é a “verdade” dele, que nada tem a ver com o conhecimento científico.”
“Não é a autoridade de Benveniste, Montagnier, Josephson ou de quem quer que seja que prova a existência de algo que não existe. Os cientistas podem ter opiniões, mas a ciência não são opiniões de cientistas. Para passarem a ser conhecimento científico, essas opiniões têm de ser fundamentadas com provas experimentais e estas têm de ser confirmadas por outros grupos de investigação.”
“A fraude da memória da água está descrita no nosso livro Pipocas com Telemóvel e Outras Histórias de Falsa Ciência (Gradiva, 2012).”
“(…) os autores alegavam que uma solução do alérgeno em que já não há nenhuma molécula deste é capaz de originar uma reacção alérgica. Imagine-se que uma pessoa apanha uma bebedeira com uma garrafa de vinho, em que o vinho foi diluído a ponto de não haver qualquer vinho na garrafa, mas apenas água… que se lembra do vinho.”
“As experiências tiveram de ser repetidas na presença de uma comissão de peritos (…) a comissão pediu aos investigadores que realizassem um ensaio às cegas. (…) Os resultados extraordinários não se confirmaram. (…) Um mês depois, foi publicado na Nature um artigo sobre o assunto com um título elucidativo: “As experiências com diluições elevadas são um equívoco.”
“Apesar de desacreditado pela comunidade científica, como é, aliás, habitual nestes casos, Benveniste não se ficou. (…) Em 1999 a Fundação Randi ofereceu um milhão de dólares a quem conseguisse demonstrar, em condições experimentais controladas, a transferência da “assinatura electromagnética de uma molécula” através da Internet. O prémio continua por reclamar.”
“Unificar saberes é louvável. Unificar saberes e pseudo-saberes é um disparate.”
Leiam todo o artigo, aqui.
10 comentários
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Olá Sérgio.
Me desculpe pelo meu post pela manhã. Concordo em quase tudo com o que você disse, meu problema e que o post e sobre homeopatia e me da um arrepio sempre quando eu visito um site e vejo alguém postar algo aproveitando o assunto para generalizar e propagar uma crença ou descrença ( seu caso…) seja no que for ( sites pseudos fazem isto todo o tempo, pegam uma desinformação e usam a seu prazer para provar seu ponto de vista em outro assunto). Como o site e sobre ciência e todos são muito respeitosos com a religião dos outros, estimulando sempre que a pessoa tenha raciocínio e questione as ” autoridades”, me deu uma vontade de responder o seu post, que poderia ter deixado passar.
Abraços.
Este povo que acredita nestas besteiras é do mesmo tipo que acredita em religiões e várias das suas mentiras. Só que ao invés de acreditar em Deus e Jesus (por exemplo) preferem acreditar em astrologia e outros pseudoconhecimentos.
Se acredita em religião + alguma destas vigarices = pessoa profundamente doente psicologicamente falando
“Ah mas quem é vc para falar se alguém é doente ou não? Com que base? Nos teus conhecimentos pessoais?”
A partir do momento em que se coloca algo pelo crivo científico e é comprovadamente falso ou muito improvável e a pessoa dá lugar a crença/fé no lugar da razão para justificar tua crença em algo infundado, sim é uma prova banal de que seus circuitos cerebrais não são bem construídos e seu raciocínio não é muito confiável quando se trata de raciocínio lógico.
“Ah então para vc, ó grande mestre, os grandes cientistas cristãos do passado como Newton eram profundamente doentes né? Genialidade em pessoa!”.
Existe uma diferença: no seus respectivos campos de estudos eles tentavam ser o mais imparciais possíveis para chegar a uma conclusão científica mais pura possível com a menor interferência de “achismos” humanos nos resultados. E é nisto que tiveram seus méritos. Aqueles que não conseguiram por conta de um contexto da época em que viviam, o que era genuinamente científico, foi aproveitado pela ciência, o que não era foi descartado, simples.
Mas a história está aí para dizer de muitos que misturaram as coisas e acabaram no ostracismo.
Mas são matérias diferentes. A semelhança está na crença, a diferença no caso da homeopatia/astrologia e que a crença e depositada em uma pseudociencia comprovadamente mentirosa e vigarista. Acreditar não e algo ruim, mas não e ciência. Cuidado ao generalizar para chegar as suas próprias conclusões pois pode ser vitimado por preconceito e desconhecimento.
As pessoas podem ser enganadas facilmente…podem ser levadas a crer em coisas que parecem ser algo e que, na realidade, são bem diferentes da verdade…isso todos já sabem, por isso veja como é na prática…
http://www.galofrito.com.br/maior-fdp-historia/
(… comentário editado…)
Author
Caro Flávio,
O seu comentário foi editado porque o que disse, nada tem a ver com este local.
A astrologia está explicada nos artigos respetivos. Tem uma categoria só para esse assunto.
A astrologia é charlatanice porque se prova que é, fazendo experiências com ela. Por exemplo, o zodíaco (que é astronomia devido à eclíptica), tem 13 signos, todos eles de diferentes tamanhos (em que o Sol demora mais ou menos tempo a passar por eles).
Com as estrelas de carneiro pode desenhar uma cadeira, e assim pode inventar características diferentes nas pessoas.
Não há qualquer ideologia nisto. Existem sim inúmeras experiências.
O mesmo pensamento científico que lhe permite ter uma internet, permite-lhe perceber que a astrologia é uma vigarice.
Mais uma vez, pessoas utilizarem a internet para negarem o conhecimento científico, é pura hipocrisia.
Por fim, uma pergunta: será que reparou que este artigo nada tem a ver com as suas crenças ideológicas na astrologia?
P.S.: será que as pessoas que acreditam cegamente em vigarices não se dão ao trabalho sequer de aprender a ler?
Não se enervem, a seu tempo tudo ficará esclarecido; Espiritismo, Homeopatia, as fotos da Lua e de Marte, os hexágonos nas dinâmicas atmosféricas de alguns planetas, denunciadas pelo R. Hoagland, as ruínas de Gobekli Tepe, as ruínas na Africa do Sul, etc…
Tudo será explicado … um dia.
Author
O “problema” é que tudo isso já está explicado… não é preciso esperar por mais dias 😉
E já experimentou a Homeopatia alguma vez na vida?
É que eu já. E, não sendo obscurantista e tendo cultura q.b. , donde, bastantes reticências e ceticismo, tive que me render às evidências. Factos concretos, mensuraveis, visiveis.
Passe bem e largue as palas. Não é bom. Não é saudavel.
Isabel
Author
A Isabel pode não o ser, mas o seu comentário e a homeopatia são obscurantistas.
São as “palas” da ciência e do pensamento racional, que lhe dão a internet. Mas as suas palas da hipocrisia não lhe permitem ver isso, não é?
Sim, experimento a homeopatia todos os dias, já que bebo água. Homeopatia = água.
Quanto aos seus “factos concretos, mensuráveis, visíveis”, fico à espera deles.
Onde está a experiência concreta provada por diversas equipas científicas de todo o mundo?
Sabe que acreditar no Pai Natal ou em unicórnios invisíveis não é a mesma coisa que ter “factos concretos”.
Passe bem… mas sugiro sem a hipocrisia de utilizar a ciência.
P.S.: sugeria também um manual de educação e boas maneiras, para não achar que pode entrar na casa dos outros aos insultos às pessoas. De qualquer modo, mostra bem o tipo de pessoas que acreditam nestas vigarices.