O que é isso na frente da Lua? É a Estação Espacial Internacional. No segundo certo, a plataforma espacial na órbita da Terra foi fotografada em frente a uma Lua parcialmente iluminada no ano passado. A imagem em destaque foi tomada a partir de Madrid, Espanha, com um tempo de exposição de apenas 1 milésimo de segundo. Em contraste, a duração do trânsito da Estação Espacial Internacional através da Lua foi de cerca de meio segundo.
A estação iluminada pelo Sol pode ser vista do lado escuro da linha que separa dia e noite conhecida como terminador. Numerosas crateras circulares são visíveis na longínqua Lua, bem como terrenos relativamente rugosos e de cor clara conhecidos como planaltos e áreas coloridas relativamente lisas e escuras conhecidas como “maria” (mares). Ferramentas online podem informar-vos quando a Estação Espacial Internacional será visível a partir da vossa área.
3 comentários
A fotografia é espectacular… e até me lembra a imagem da nave Endurance do filme Interstellar a entrar num http://en.wikipedia.org/wiki/Wormhole que foi usada para a promoção do filme …
Um exemplo duma imagem semelhante:
http://observationdeck.io9.com/the-monoliths-have-faces-interstellar-answers-2001-a-1659091453
A escolha desse nome para essa nave (para mim) é curioso, pois se não foi puramente aleatório, até poderia ser entendido como uma homenagem deliberada aos exploradores dos gelos, em particular aos que conseguiram voltar vivos: http://en.wikipedia.org/wiki/Endurance_(1912_ship)
Ou então até uma referência “discreta” a este tipo de sistema, que o Dr Mann “diz que usou” para ir á procura de vida:
http://en.wikipedia.org/wiki/ENDURANCE
Sugestão para um link de 2010 do NewScientist de que me lembrei ao ver a fotografia:
NASA mulls sending “part” of space station to an asteroid (or even to the moon surface?)
http://www.newscientist.com/article/dn19292-nasa-mulls-sending-part-of-space-station-to-an-asteroid.html#.VT5562ddXXr
A space station compartment called Node 3 or Tranquility, which launched to the station aboard a shuttle mission in February, is particularly attractive for recycling because it has docking ports that could be used to attach to a pair of smaller, more nimble spacecraft. After arriving at the asteroid, astronauts could enter the smaller spacecraft and detach from the main ship in order to inspect the asteroid up close (see an illustration of the docked craft).
Saliento este aspecto: “particularly attractive for recycling”…
Com uma (excessiva?) dose de imaginação poderíamos até chegar ao ponto de imaginar que o interior da Lua é uma enorme nave, e tudo o que vemos na superfície lunar é apenas camuflagem…
Neste caso, o contacto seria primeiro detectado pelo facto da ISS começar a ter uma órbita cada vez mais alta, sem nossa intervenção, sendo gradualmente atraída para a Lua, como acontece a uma conhecida nave no filme Star Wars de 1977 através dum “tractor beam”, e esta fotografia da APOD até poderia ilustrar bem uma situação dessas…
Notei neste artigo recente que brinca um pouco com uma ideia desse tipo, em termos gráficos e cognitivos:
That’s no moon! Spacecraft mistaken for new natural satellite
http://www.newscientist.com/article/dn27421-thats-no-moon-spacecraft-mistaken-for-new-natural-satellite.html#.VT5_TGddXXo
Mas, fora de brincadeiras, saliento esta parte do texto:
Williams’s analysis of the orbit suggested the object would remain bound to the Earth-moon system between October 2014 and March 2019, making it a temporary moon of our planet. That’s not without precedent – simulations suggest hundreds of tiny moons could be orbiting Earth. One, called 2006 RH120, was spotted in orbit before drifting off a year later.
Uma interessante mudança de paradigma: passar duma única lua, para várias “luas” (mais acessíveis) em órbita da terra…
Hundreds of tiny moons may be orbiting Earth
http://www.newscientist.com/article/mg21328464.600-hundreds-of-tiny-moons-may-be-orbiting-earth.html#.VT6CSGddXXo
Mikael Granvik of the University of Helsinki in Finland and colleagues ran computer simulations of the abundance of asteroids of various sizes in Earth’s neighbourhood and the likelihood of their capture in a close encounter.
To be captured, an object must start out in an orbit nearly identical to Earth’s.
That means it is travelling at roughly the same speed as our planet, making it easy for it to get snagged by Earth’s gravity, helped by gravitational tugs from the sun and moon.
Similar perturbations eventually shake them loose.
Author
Realmente, suas análises são bem interessantes. Obrigado por compartilhar!!
Obrigado pelo feed-back… é reconfortante e encorajador…
Quando qualquer pessoa coloca um texto online, ou coloca uma mensagem numa garrafa, de certo modo é como se estivesse a efectuar uma “blind transmission”, (quase?) como faz a Dra Stone (uma médica) no filme Gravity enquanto vai documentando a sua tentativa de voltar á terra…
A blind transmission, in telecommunications, is a transmission made without obtaining a receipt, or acknowledgment of reception, from the intended receiving station. Ver: http://en.wikipedia.org/wiki/Blind_transmission
Nesse filme ela repete algumas vezes uma expressão que muitos não sabem bem o que significa: “Ryan Stone: Houston, Houston in the blind, this is Mission Specialist Ryan Stone reporting from the Shenzhou. I’m about to undock from Tiangong… ”
Citando a wikipedia: The usual reason for “transmitting blind” would be that the captain of an aircraft knows or suspects that the aircraft’s receiver has failed. The captain would still proceed according to the flight plan, and under obligation to let other people know of his whereabouts and decisions.
Já agora, nesse filme nota-se como é difícil passar duma estação espacial para outra, e é bem conhecida a crítica de que não se tomou em conta o facto de que as órbitas são muito diferentes e os delta-v’s necessários seriam “proibitivos”….
Pois bem, sugiro uma vista de olhos neste link:
ULA gets futuristic – Advanced Cryogenic Evolved Upper Stage
http://spaceflightnow.com/2015/04/16/ula-gets-futuristic/
“The ACES is a concept we’ve been working on for quite a few years,” said George Sowers, ULA’s vice president of strategic architecture and advanced programs.
ULA is building the IVF with Roush, the NASCAR team. The internal combustion engine will take waste propellants and recycle them to repressurize the tanks, to generate electrical power and to provide attitude control thrust.
It eliminated the need for helium and hydrazine to be carried on the stage versus today’s stages.
The ACES stage is scheduled to debut in 2023.
http://spaceflightnow.com/wp-content/uploads/2015/04/NC2_AdvancedCryoEvolvedStage413201561612PM63.jpg
http://spaceflightnow.com/wp-content/uploads/2015/04/NC4_DistributedLift413201561450PM63.jpg
(será que o cilindro na lua nesta ilustração poderia vir a ser o Node 3 da ISS?)