Este filme hipnótico foi gerado a partir de uma série de imagens obtidas pela câmara LORRI (Long Range Reconnaissance Imager) a bordo da sonda New Horizons, enquanto se aproximava rapidamente de Plutão. As imagens foram captadas em 13 instantes distintos durante 6 dias e meio, entre 12 e 18 de Abril de 2015, de modo a mostrar uma rotação completa de Plutão. Nesse intervalo a distância da sonda a Plutão diminuiu de 111 para 103 milhões de km. A direcção do eixo de rotação de Plutão está representada na imagem e Plutão está fixo no centro, apesar de na realidade se mover em torno do centro de gravidade comum com Caronte.
A imagem de Plutão ampliada 3 vezes mostra detalhes desconcertantes na superfície do planeta anão. Visto a partir da sonda New Horizons, Plutão mostra apenas um dos seus pólos que aparece claramente mais brilhante do que o resto do disco (mancha branca intensa no disco, à direita em baixo). É possível que se trate de uma calota polar formada por gelo de nitrogénio molecular, o principal constituinte da difusa atmosfera plutoniana! As imagens revelam também evidentes variações de brilho no disco do planeta à medida que este roda e observamos diferentes longitudes na superfície. Note-se que Caronte, pelo contrário, tem um brilho muito uniforme em todo o filme, confirmando investigação prévia que sugere que Plutão e Caronte são bastante diferentes em aspecto e composição.
As imagens nativas obtidas pela LORRI foram todas pré-processadas usando uma técnica matemática designada por deconvolução que permite extrair das imagens individuais toda a informação possível até ao limite de resolução imposto pela câmara e pelo respectivo detector CCD. As imagens processadas por este método têm já uma resolução superior às melhores imagens de Plutão obtidas a partir da Terra, pelo Telescópio Espacial Hubble…e ainda faltam 2 meses e meio para o encontro com Plutão e as suas luas!
(Fonte: NASA)
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Não vejo a hora dela chega mais pertinho dele….
[…] milhões de quilómetros. Nestas novas imagens, Plutão surge com o dobro dos píxeis que tinha nas imagens captadas em meados do mês de abril, quando a sonda da NASA se encontrava a pouco mais de 100 milhões de quilómetros de […]