Queda espacial

Falta pouco tempo para que o veículo de carga russo, Progress M-27M, tenha o seu fim.
Estamos quase a entrar dentro da “janela de tempo” prevista para a queda deste cargueiro espacial russo.
O momento exacto não é conhecido, mas dentro de 3 horas já terá caído.

Como não é conhecido o minuto exacto de reentrada, também não é conhecido o local onde irá cair.
No entanto, tendo em conta a órbita do satélite, quem se encontra em Portugal e no Brasil poderá estar descansado.

Neste momento, está a passar sobre o Oceano Pacífico, perto da costa do centro e sul do continente americano.

orbita

Quando reentrar na atmosfera, grande parte da estrutura irá desintegrar-se. Não deve existir qualquer perigo para os Humanos.
Quem já comprou capacete de segurança, vai ficar desiludido…

Capacete-de-Seguranca-Amarelo-prosafety-0873--1

2 comentários

  1. A re-entrada parece ter sido sobre o Oceano Pacífico, tal como era probabilisticamente esperado 🙂

    • Dinis Ribeiro on 08/05/2015 at 07:03
    • Responder

    Sugestão: http://bramon.org/press/bramon-registra-passagem-da-nave-progress-sobre-o-centro-oeste/

    A (Brazilian Meteor Observation Network – BRAMON) é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é desenvolver e operar uma rede para o monitoramento de meteoros, com o objectivo de produzir e fornecer dados científicos à comunidade através da análise de suas capturas, que são realizadas por estações de monitoramento. Desta forma, ela visa figurar como a maior rede de monitoramento de meteoros do hemisfério sul e entre as maiores do mundo, além de tornar-se uma referência como uma rede que alia a qualidade ao uso de equipamentos acessíveis e de baixo custo.

    Na madrugada do dia 02/05/2015 a BRAMON conseguiu capturar uma passagem completa da nave Soyuz Progress 59 (Progress M27-M) sobre o Centro Oeste brasileiro nas estações Bramon MAD1 e MAD2 sediadas em Sobradinho-DF e administradas por Marcelo Domingues.

    Trata-se do segundo registro em imagem da Progress e o primeiro vídeo já feito no mundo após a falha técnica que deixou o cargueiro espacial fora de controle.

    A passagem foi extremamente favorável sobre a região centro oeste, com a nave atingindo magnitude 0,5. Como sua trajectória percorreu exactamente a previsão realizada em simulações com os dados orbitais actuais o que demonstra que a nave-cargueiro não estava alterando sua órbita rapidamente.

    Quanto ao local da recente reentrada:

    Sugestão: http://www.spaceflight101.com/progress-m-27m-re-entry.html#update

    [04:00] USSTRATCOM issued a precise Re-Entry Confirmation for Progress M-27M showing orbital decay (80km passage) to have taken place at 02:20 UTC +/-1 Minute.

    This puts the location of re-entry 830 Kilometers off the Chilean Coast (Center of the window), but given the speed the object was traveling, the decay location may be anywhere from 350 to 1,300 Kilometers off the South American Coast.

    As the Progress drops in altitude, it will approach the dense layers of the atmosphere for its steep plunge. The exact timing of orbital decay depends on the current state of the atmosphere which is known to expand and contract as a result of solar activity. Once hitting the dense atmosphere, Progress will start feeling the effects of re-entry.

    The precise altitude of the start of re-entry depends on atmospheric conditions.

    The onset of re-entry usually occurs at an altitude of 120 to 100 Kilometers when the spacecraft enters the dense atmosphere, initially not slowing down at a fast rate yet but already interacting with plenty of molecules in the upper reaches of the atmosphere.

    Given the high speed of the object, traveling at 7.7 Kilometers per second, air in front of the craft is compressed creating a shock wave layer in which some of the molecules are separated into ions, creating the typical visible plasma layer that can be present even minutes before disintegration starts.

    The Entry Point, as defined by USSTRATCOM and represented in all their data, refers to the spacecraft passing 80 Kilometers in altitude where drag builds up to a destructive force, triggering the onset of the disintegration of the spacecraft structure.

    The shock wave layer forming just in front of the spacecraft and any separated components leads to considerable heating that causes the incineration of the majority of the spacecraft structure. The mechanical deceleration experienced during re-entry can be up to 20Gs further crushing the structural components and causing the break-up of the spacecraft.

    Temperatures reached during re-entry can melt most metal types used on the spacecraft and most of the fragments created on entry fully burn up leaving a cloud of dust in the upper atmosphere.

    However, it is known that about 20 to 40% of a re-entering satellite’s total mass reach Earth’s surface. It has to be considered that the spacecraft and any surviving components travel at a high horizontal velocity when dropping out of orbit, despite being rapidly slowed down in the atmosphere.

    The arc each surviving component travels depends in its mass to area ratio.

    Additionally, the dispersion of debris is strongly dependent on cross winds that can cause a cross-track spread in debris.

    Typically, the debris field of a re-entering satellite stretches from 500 Kilometers downrange from the Entry Point up to a distance of 1,300 Kilometers, where the most dense components come down.

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