Belle Gibson viu uma excelente oportunidade de negócio: aproveitar a ignorância alheia e começar a vender “curas mágicas”.
Assim, inventou que tinha cancro e uma série de outras complicações de saúde (juntamente com várias cirurgias), chegando até, dizia ela, a morrer na sala de operações devido a problemas do coração.
Mas não se preocupem: segundo ela, os médicos eram os mentirosos e as suas ideias New Age é que vingavam: ela conseguia curar-se a si própria (uma ideia fraudulenta disseminada por diversos vigaristas). Desta forma conseguiu milhões de seguidores: sobretudo pessoas desesperadas, em situações emocionais mais débeis, e que por isso constituíam a presa fácil para os modernos vendedores de banha-de-cobra. Através desta fórmula, conseguiu igualmente publicar livros, criar apps, etc, que a fizeram milionária. O produto de maior sucesso dela são as supostas receitas anti-cancro: uma alimentação supostamente comprovada que prevenia e curava o cancro. Além das dietas milagrosas, ela dizia-se adepta de uma série de terapias alternativas (chamadas assim porque não são Medicina). Criou um império à custa destas ideias.
Agora decidiu dizer a verdade: era tudo mentira! Nunca teve cancro ou outras doenças graves, nunca “morreu” em salas de operações, e as suas receitas nunca ajudaram ninguém a não ser a ela própria financeiramente. Basicamente, ela confessou a fraude.
A pergunta que deixo é: porque ao fim de tantos séculos com milhões de vendedores de banha-de-cobra (aldrabões), as pessoas continuam a cair sempre nas mesmas mentiras?
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