Analogia planetária

Crédito: ESO/B. Tafreshi (twanight.org)

Crédito: ESO/B. Tafreshi (twanight.org)

O brilhante céu estrelado, a areia vermelha e as estruturas geladas no primeiro plano da imagem, combinam-se para nos dar a impressão de estarmos a ver um deserto muito para além do alcance humano. Uma paisagem como esta poderia ser facilmente confundida com as regiões polares de Marte, o nosso vizinho distante.

Estas estruturas em forma de dentes afiados não se encontram no entanto no planeta vermelho mas sim nas colinas do deserto do Atacama.

Estas estruturas, chamadas penitentes, são feitas de neve e gelo e formam-se geralmente a elevadas altitudes. A baixa pressão, humidade e temperatura das regiões altas ajuda a criar estas formações interessantes e raras que se orientam na direção ao Sol, razão pela qual se vêem todas perfeitamente alinhadas, tal como um jardim de gelo cuidadosamente plantado.

E como se esta bonita peculiaridade da natureza não bastasse, por cima dos penitentes podemos apreciar algo ainda mais extraordinário.

A grande estrela azul mesmo por cima da colina é Sirius – a estrela mais brilhante do céu. Seguindo o horizonte para a esquerda de Sirius, podemos ver a estrela supergigante vermelha Betelgeuse, situada na constelação de Orion. A segunda estrela mais brilhante depois de Sirius é Canopus e podemos vê-la na imagem à direita como um ponto azul brilhante.

Esta paisagem estranha de aspecto extraterrestre foi obtida pelo Embaixador Fotográfico do ESO Babak A. Tafreshi.

Este é um artigo do ESO, que pode ser lido aqui.

1 comentário

  1. Não se encontram penitentes em Marte, mas poderão vir a ser uma dor de cabeça no planeamento de futuras missões à superfície de Europa: http://www.astropt.org/2013/03/29/laminas-de-gelo-na-superficie-de-europa/. 😉

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