O Large Hadron Collider (LHC), ou Grande Colisionador de Hadrões, começou hoje a produzir dados de física, após um encerramento que durou 27 meses. O LHC está agora a oferecer colisões para todas as suas experiências (os detectores) na energia inédita de 13 TeV, quase o dobro da energia de colisão da sua primeira execução. Isto marca o início da temporada 2 no LHC, abrindo o caminho para novas descobertas. O LHC trabalhará 24 horas por dia nos próximos três anos.
“Com o LHC a voltar ao modo de colisão-produção, celebramos o fim desta etapa de dois meses de produção do feixe”, disse o director de Aceleradores e Tecnologia do CERN Frédérick Bordry. “É uma grande conquista e um momento gratificante para todas as equipas envolvidas no trabalho realizado durante o longo fecho do LHC, nos testes de energia e no processo de produção do feixe. Todas estas pessoas têm dedicado muito do seu tempo para que isso pudesse acontecer.”
Hoje, dia 3 de Junho de 2015, às 10:40, os operadores do LHC declararam “feixes estáveis”, o sinal para que as experiências LHC possam começar a coligir dados. Os feixes são constituídos por “comboios” de cachos de protões que se deslocam quase à velocidade da luz em torno do anel de 27 quilómetros do LHC. Esses grupos de comboios circulam em sentidos opostos, guiados por poderosos magnetes supercondutores. Hoje, o LHC foi preenchido com seis cachos contendo individualmente cerca de 100 mil milhões de protões. Esta taxa será aumentada progressivamente até que a produção atinja 2808 cachos por feixe, permitindo que o LHC produza até mil milhões (1 bilhão no Brasil) de colisões por segundo.
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