A sonda Dawn tem vindo a estudar Ceres a partir da sua segunda órbita de mapeamento, uma órbita polar a apenas 4400 km da superfície. A partir da sua posição privilegiada a sonda tem obtido imagens notáveis, com uma resolução aproximada de 400 metros/píxel, da superfície do planeta anão e os pontos de interesse vão muito para além das famosas manchas brancas. As últimas imagens mostram, por exemplo, uma enorme formação montanhosa que se eleva até a uma altitude de 5 km numa região quase plana de Ceres.
As novas imagens mostram também mais detalhes na maior das manchas brancas, localizada no centro de uma cratera com 90 km de diâmetro. A mancha tem uma componente principal, com uns 9 km de diâmetro, e pelo menos mais 8 pequenas manchas brancas mais próximas da periferia da cratera. A natureza do material reflector ainda é desconhecida mas o mapeamento da superfície com um espectrómetro de infravermelhos irá permitir caracterizar os minerais presentes na superfície e, espera-se, determinar a composição deste material.
Para além destas atracções principais, os cientistas da missão descobriram também um grande número de crateras de vários tamanhos, a maioria das quais apresenta um pico central. A superfície parece ter sido alvo de grande actividade no passado, sugerida por ampla evidência de processos como fluxos de materiais, deslizamentos e colapso de formações rochosas. Uma análise preliminar sugere que Ceres teve uma história mais activa do que Vesta, o asteróide previamente visitado pela Dawn.
(Fonte: NASA)
3 comentários
A mim não me confunde o facto de as manchas brancas se situarem no meio das crateras.
Posso estar muito enganado mas penso não ser coincidência mas sim causa, isto é, as manchas não surgiram por embates que, por coincidência, foram no centro das crateras, mas antes as crateras surgiram em consequência do embate do qual resultou também a mancha branca.
Se assumirmos que o centro da cratera foi o ponto original onde primeiramente se verificou o embate de um qualquer meteorito, poderemos assumir também que esse foi o ponto onde se atingiram maiores pressões, maiores temperaturas, etc, ou seja, factores que conduziram a que o material constituinte desse meteoritos assumisse essa natureza brilhante, reflectora (quartzo, sais, vidro?), sem que o mesmo acontecesse nas zonas da cratera mais afastadas do centro, onde esses efeitos já não ocorreram.
A mancha mete-me uma confusão… É que é mesmo no meio da cratera. Parece o impacto de algo “líquido” e que depois “salpicou” para o lado. (As manchas mais pequenas)
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