A lua Caronte revelada pela New Horizons

http://apod.nasa.gov/apod/image/1507/PIA19709charon.jpg

A lua Caronte revelada pela New Horizons – Crédito da Imagem ©: NASA, Johns Hopkins Univ./APL, Southwest Research Inst.

Caronte é um mundo criogênico com 1.208 quilômetros de diâmetro. Tal faz da maior lua de Plutão ter 9,5% da largura do planeta Terra. Por outro lado, Caronte tem pouco mais da metade do recém aferido diâmetro de Plutão (2.370 km).

Aqui a lua Caronte está retratada em detalhes sem precedentes. Esta imagem foi capturada pela New Horizons em 13 de julho de 2015, durante a navegação da espaçonave robótica através do sistema plutoniano, a 500.000 km de distância de Caronte.

Para referência comparativa, a distância entre Terra e a Lua é pouco menos de 400.000 km.

O terreno em Caronte é surpreendentemente, jovem e variado. As suas características incluem uma faixa de 1.000 quilômetros de penhascos e vales que se estendem abaixo do centro da imagem, um cânion profundo de 7 a 9 quilômetros de profundidade cortando a curva no centro superior direito e uma região no polo norte lunar enegrecida apelidada ‘não-oficialmente’ de Mordor – relembrando a tenebrosa região governada por Sauron na Terra Média (Senhor dos Anéis).

http://www.planetary.org/blogs/emily-lakdawalla/2015/07161539-charon-moon.html

Esta imagem em alta resolução mostra detalhes de uma área da Caronte que contém uma depressão com um pico interno, mostrada aqui na parte superior esquerda do quadro. Esta imagem mostra uma área de aproximadamente 390 quilômetros, (cima para baixo), que inclui várias crateras. É importante ressaltar que se trata de uma versão imagem original altamente comprimida. Versões mais acuradas desta cena serão recebidas no futuro pela Terra mais adiante. Essa foto foi tomada a 79.000 quilômetros de distância em 14 de julho de 2015, 10:30 UTC, cerca de 1 hora e meia antes do rendez-vous da New Horizons com Plutão, na aproximação máxima.

Sobre a imagem acima, Emily Lakdawalla da Planetary Society comentou no seu blog:

A primeira coisa que eu noto quando examino essa imagem são os artefatos de compressão.

Isso é um resultado da enorme quantidade de compressão que tiveram que fazer com as imagens, a fim de espremê-las e caber no tempo curto de download após o sobrevoo. Os dados originais e de alta qualidade permanecem a bordo da nave espacial e serão devolvidos eventualmente, seja nos próximos meses ou no próximo ano.

Olhando a imagem, levando em consideração os artefatos de compressão, eu vejo quatro principais características nesta foto:

  1. Há bem preservadas crateras de impacto (eu não vejo coberturas de material ejetado, mas há bordas nas crateras distintas);
  2. O terreno é muito liso, à exceção das crateras de impacto;
  3. Há fissuras lineares no terreno liso, de origem desconhecida, e pelo menos um dos quais tanto cortes ou é cortado por uma cratera (a relação de superposição não é clara devido aos artefatos de compressão);
  4. A “montanha dentro de um fosso” na parte superior esquerda.

Estima-se que o envio de todos os dados até então coletados pela missão New Horizons levarão 16 meses para serem totalmente transmitidos a Terra.

Fontes

Planetary Society: Latest New Horizons picture of Charon: oddly familiar

Phys.org: Mysterious mountain revealed in first close-up of Pluto’s moon Charon

APOD: Charon – Crédito da Imagem ©: NASAJohns Hopkins Univ./APLSouthwest Research Inst.

._._.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.