Observações da cratera Occator, dentro da qual se encontram as mais famosas e enigmáticas “manchas brancas” de Ceres, mostram o que parece ser neblina quando o Sol está quase no zénite. A neblina cobre cerca de metade da cratera e não ultrapassa o seu bordo. Estes resultados, ainda preliminares, favorecem claramente a interpretação em que estas manchas são formadas por gelo, provavelmente de água, exposto na superfície.
O espectrómetro de infravermelhos que a Dawn transporta poderá identificar facilmente a espécie química responsável pelas manchas, respondendo em definitivo a esta questão. Este instrumento ainda não estudou em detalhe as manchas; os cientistas da missão guardam que a sonda atinja uma órbita de menor altitude para o utilizar.
A Dawn determinou ainda que Ceres é ligeiramente mais pequeno do que se pensava, implicando que é 4% mais denso. Mais, o seu eixo de rotação está inclinado mais de 90 graus, pelo que o pólo norte de Ceres está “virado para baixo” relativamente ao plano orbital dos planetas do Sistema Solar, vice-versa para o pólo sul.
(Fonte: Nature)
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