Não é só a tua opinião! Estás errado.

Tenho escrito vários artigos aqui no blog sobre o facto de que opiniões não são conhecimento, e sendo assim têm pouca relevância para a ciência.
Além disso, em face das evidências, do conhecimento científico, as opiniões ou crenças pessoais valem zero.

Daí que gostei bastante deste artigo, em inglês.
É um texto bastante interessante sobre como (não) se deve argumentar em temas científicos.

Vou deixar aqui algumas frases, com tradução livre:

“Não, não é só a tua opinião. Simplesmente, estás errado.”

“Já tive várias conversas com alunos em que eles respondem: “É a minha opinião”. Mas isso não exclui que eles estejam completamente errados. É surpreendente que eles pensem que por dizerem essas palavras, isso lhes dá carta branca para dizerem as asneiras que quiserem. E assusta-me que haja alunos que pensem que educação que coloca em causa o que eles já pensam é um ataque às suas crenças.”

A palavra que mais detesto em discussões na internet é “opinião” ou “crença”. Essas palavras servem somente como protecção para aqueles que nada percebem dos assuntos e que pululam as redes sociais.

Vacinas causarem autismo não é uma opinião, é factualmente errado. A tua opinião não passa a ser válida por ser tua ou por ser uma mera opinião ou por ser uma opinião popular entre os teus amigos.

Como disse John Oliver, um inquérito na Gallup mostra que 1 em cada 4 americanos (25%) não acredita nas alterações climáticas. E diz John Oliver: Quem quer saber disso? Mais valia ter um inquérito a perguntar qual número é maior, o 15 ou o 5? Será que corujas existem? Existem chapéus no mundo?
Estamos a falar de factos. Não interessa o que as pessoas pensam, opinam ou crêem. Chapéus, corujas e alterações climáticas são reais, independentemente do que possam crer ou afirmar algumas pessoas.

Podes estar errado ou ser ignorante. Acontece. A realidade não quer saber dos teus sentimentos. A educação não existe com intuito de te perseguir.