Um fragmento rochoso denominado Lamoose, numa imagem obtida pela câmara MAHLI, a 11 de julho de 2015 (sol 1041 da missão). Lamoose é um dos vários pedaços de rocha descobertos pelo Curiosity nas proximidades de Marias Pass com concentrações invulgarmente elevadas de sílica.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS.
O Curiosity esteve ocupado a examinar um conjunto de rochas nunca antes observadas na superfície de Marte. As rochas possuem níveis surpreendentemente elevados de sílica – um composto que na Terra ocorre com frequência sob a forma de quartzo – e encontram-se espalhadas numa pequena área localizada logo abaixo da zona de contacto entre duas unidades estratigráficas distintas, nas proximidades de Marias Pass, no sopé do Monte Sharp. A abundância de sílica sugere que estas rochas poderão providenciar condições ideais para a preservação de antigas moléculas orgânicas.
A equipa da missão decidiu recuar até este local depois dos instrumentos ChemCam e DAN terem revelado a presença de sílica e hidrogénio num fragmento rochoso denominado Elk. Após analisar mais algumas rochas em redor, o robot da NASA deslocou-se até um novo alvo denominado Buckskin, para recolher uma amostra de rocha pulverizada e determinar a sua composição mineralógica com o instrumento CheMin.
O afloramento rochoso Missoula num mosaico de imagens obtidas pela câmara MAHLI, a 01 de julho de 2015 (sol 1031 da missão). São visíveis veios de minerais brancos, provavelmente depositados pela água subterrânea que no passado terá fluído no interior das fraturas da unidade inferior de Missoula.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS.
Antes de investigar a área rica em sílica, o Curiosity tinha estado atarefado a explorar a zona de contacto estratigráfico, onde uma camada de arenito escuro se sobrepõe a outra de argilito claro. “Encontrámos um afloramento rochoso denominado Missoula, onde os dois tipos de rocha se encontram, mas era bastante pequeno e próximo do chão”, disse Ashwin Vasavada, cientista de projeto da missão. “Usámos o braço robótico para captar uma pequena panorâmica com a câmara MAHLI, colocando o nosso nariz bem lá em baixo.”
Na semana passada, o Curiosity regressou a este local para realizar um estudo detalhado de Missoula com o instrumento ChemCam e obter imagens e espetros de mais alguns alvos na vizinhança. Depois de concluídas estas atividades, o robot da NASA retomou o seu caminho pelo interior de Marias Pass. A equipa da missão planeia agora continuar a subida pela encosta do monte Sharp, consentindo algumas breves paragens para documentar a geologia dos novos locais que o robot for encontrando.
2 comentários
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Falando em rochas…
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=35402
Os ETs voam, não precisam de veículos todo-terreno 😛
[…] progredia em direção às vertentes inclinadas do monte Sharp, o robot da NASA cruzou-se com um conjunto de antigas rochas ricas em sílica, dispostas numa pequena área situada nas proximidades de Marias Pass. Análises realizadas pelo […]