Ilusão óptica cósmica em Ursa Maior

Algumas das vistas deslumbrantes que temos do cosmos devem a sua beleza a um truque de perspectiva, como captado nesta imagem do telescópio espacial Hubble da NASA e ESA.

© Hubble (galáxias PGC 37639 e PGC 101374)

© Hubble (galáxias PGC 37639 e PGC 101374)

As galáxias na parte superior e inferior do quadro são denominadas PGC 37639 e PGC 101374, respectivamente. Embora possa parecer como se as duas estão no meio de um cabo-de-guerra galáctico, ligado pela corrente proeminente em azul através do centro da imagem, a PGC 37639 encontra-se um pouco mais próxima da Terra do que a seu companheira, e as duas não estão fisicamente conectadas.

Em outro truque óptico, nota-se que a imagem não contém duas galáxias, mas pelo menos quatro. O trecho superior esquerdo realmente hospeda duas galáxias nos estágios iniciais de fusão. Seus centros brilhantes ainda podem ser vistos separadamente, brilhando em meio a um turbilhão de gás e poeira.

Uma galáxia espiral menor e relativamente intacta, conhecida como SDSSCGB 19.4, pode ser vista à direita da dupla fusão. Este trio de galáxias compreende o Arp 194, um grupo de galáxias localizado a pouco menos de 600 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Cepheus.

O rastro azul provavelmente se formou pelas interações gravitacionais turbulentas que ocorrem na parte superior da imagem, o amontoado superior de galáxias é um turbilhão de braços agitando em espiral. A corrente possui cerca de 100.000 anos-luz de comprimento, e é composta de gás, poeira e muitos milhões de estrelas recém-nascidas. As estrelas são aglutinadas para formar aglomerados de estrelas, que por sua vez se acumulam mais tarde como superaglomerados, elas são responsáveis ​​pela tonalidade azul impressionante da imagem. Estas estrelas são em sua maioria jovens, quentes e maciças, uma combinação que faz com que elas emitam luz azul.

Esta imagem foi lançada em 2009, para comemorar 19 anos do telescópio Hubble no espaço. No mês de Abril o telescópio espacial Hubble alcançou o marco de um quarto de século em órbita da Terra.

Fonte: ESA

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