Alan Friedman capturou em 16 de setembro de 2015 essa misteriosa paisagem de plasma incandescente suspensa em campos magnéticos retorcidos e encurvados, esticados na direção do horizonte leste do Sol.
Obtida através de um telescópio usando filtro de banda estreita adequado a radiação do hidrogênio ionizado (Hidrogênio-α) [1], a cena revela uma gigantesca protuberância suspensa sobre o limbo solar.
A parede magnetizada de plasma se estende por 600.000 quilômetros. De fato, o objeto em si supera largamente em tamanho todos os mundos do Sistema Solar.
Para comparação, o gigante gasoso Júpiter atinge no máximo um diâmetro de 143.000 quilômetros e a Terra não chega a 13.000 quilômetros.
Denominada em inglês como “hedgerow prominence” por causa da sua aparência [2], esta enorme estrutura é efêmera e instável. Contudo, tal fenômeno solar acontece com relativa frequência.
Notas
[1] Hidrogênio-alfa (Hα) é uma linha espectral específica (cor vermelho escuro) visível na série de Balmer criada pelo gás hidrogênio, com um comprimento de onda de 656,28 nanômetros, que ocorre quando um eléctron de hidrogênio muda do terceiro para o segundo menor nível de energia. A radiação Hα é importante para os astrônomos, uma vez que é emitida pelas nebulosas de emissão e pode ser usada para observar características específicas na atmosfera do Sol, incluindo a proeminências solares.
[2] A protuberância tipo “hedgerow” consiste em um grupo de várias protuberâncias menores originadas pela mesma fonte de atividade solar.
Fonte
APOD: A Prominence on the Sun – crédito da imagem ©: Alan Friedman (Averted Imagination)
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