Como Criar uma Galáxia

VL

A Via Láctea (VL) não é o que era. Ao longo do tempo foi crescendo ao atrair e devorar várias galáxias satélite. Actualmente contam-se 20 galáxias anãs a orbitar a nossa galáxia, o que se pensa ser uma fracção das que já existiram e que foram atraídas gravitacionalmente e absorvidas ao longo da história da VL.

A Via Láctea era pequena e foi crescendo alimentando-se destas vítimas, que foram deixando um rasto na forma de jactos de estrelas. A teoria hierárquica da formação de galáxias postula que o principal propulsor do crescimento de grandes estruturas, semelhantes à Via Láctea, não é a matéria bariónica, mas sim grandes halos de matéria escura, onde as galáxias estão incrustadas. Uma vez que o halo, muitas vezes, é mais massivo atrai matéria bariónica na forma de gás pelo efeito gravitacional. Neste trajecto o gás pode formar estrelas, chegam ao fim das suas vidas e explodem dando origem a uma nova geração de estrelas. Foi, provavelmente, desta forma que foi formado o bojo – o núcleo central – e os braços espirais da Via Láctea. A VL ainda inclui um grande halo de estrelas difusas que envolvem o bojo e o disco galáctico e que serão resquícios de galáxias anãs destruídas.

Quando uma galáxia anã orbita a VL, ela sofre uma força de atracção ligeiramente maior que a matéria que está no lado oposto. O resultado é a distensão da galáxia anã devido à força de maré. Ao longo do tempo esse espalhamento estelar torna-se mais uniforme, com as estrelas a afastarem-se da galáxia satélite para formar jactos de estrelas. Acredita-se que 1%, ou menos, das 100 mil milhões de estrelas que fazem parte da VL nasceram noutra galáxia, tendo sido absorvidas pela nossa. O mapa Sloan identifica quase 1 milhão de estrelas intrusas. Há uma “memória” que mantém as estrelas ligadas ao seu local de nascença: a composição química da sua atmosfera é idêntica ao gás do local onde nasceu. Esta “memória” serve para agrupar as estrelas com a mesma impressão digital química nos aglomerados onde nasceram.

As estrelas que se formaram tardiamente nos seus aglomerados contêm mais elementos pesados do que as que se formaram mais cedo, porque o gás interestelar que as constitui já foi enriquecido pelos resquícios de estrelas das gerações anteriores de estrelas. Os fluxos de gás informam como esse enriquecimento ocorreu.

1 comentário

  1. Eu consegui uma máquina que cria universos será criado o ASTROVOIDS em breve

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