Casual friday – Se não fazes parte da solução…
Se não fazes parte da solução…
Fazes parte do precipitado!
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Ricardo Ferraz
Licenciado em Química (2002) e mestre em Química (2006) pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Doutorado em Química Sustentável (2013) pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Professor na Área Técnico-científica de Ciências Químicas e das Biomoléculas da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico do Porto.
Tem trabalhado no desenvolvimento de novos fármacos e na utilização de Líquidos Iónicos como como compostos bioativos.
Colabora no blog Scientificus onde tenta provocar reações nas pessoas contando histórias da Ciência, dando especial atenção à Química
2 comentários
Quando estamos no “fundo do mar” debaixo de água, e nos falta o ar, é natural uma certa “precipitação” para voltar á superfície…
Mas é uma “solução” com certos problemas técnicos… 😉
Os gases apresentam propriedades particulares para a solubilidade. Quando aumenta-se a pressão, a solubilidade aumenta (Lei de Henry). O mesmo não acontece quanto à temperatura. Quando aumenta-se a temperatura, diminui a solubilidade. Assim, a solubilidade é directamente proporcional à pressão e inversamente proporcional à temperatura.
Vale lembrar que essas leis são válidas para qualquer gás, mas não para substâncias em outros estados físicos…
https://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o
Lei de Henry
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Henry
Uma aplicação prática desta Lei da natureza: Lidar eficazmente com a “Doença de Descompressão”
Os gases dissolvidos no sangue formam bolhas que obstruem as vias sangüíneas causando dor e outros sintomas…
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_descompress%C3%A3o
Quando há grandes mudanças de pressão:
https://en.wikipedia.org/wiki/Uncontrolled_decompression / https://pt.wikipedia.org/wiki/Descompress%C3%A3o_explosiva
… é importante dar “tempo ao tempo”:
Emergency HBOT for decompression illness follows treatment schedules laid out in treatment tables. Most cases employ a recompression to 2.8 bars (41 psi) absolute, the equivalent of 18 metres (60 ft) of water, for 4.5 to 5.5 hours with the casualty breathing pure oxygen, but taking air breaks every 20 minutes to reduce oxygen toxicity.
https://en.wikipedia.org/wiki/Hyperbaric_medicine#Protocol
…para se evitar este problema:
https://en.wikipedia.org/wiki/Barotrauma / https://pt.wikipedia.org/wiki/Barotrauma
Esta ideia de se dar “tempo ao tempo” também se pode aplicar a súbitas mudanças sociais ou políticas…
😉
Ás vezes basta um ligeiro (subtil?) ajustamento na velocidade com que voltamos á superfície, depois de estar “no fundo do mar”…
Lembro-me dum mergulho em que comecei a sentir uma dor nos seios peri-nasais, e bastou parar a subida e simplesmente mergulhar de novo cerca de meio-metro para obter uma recompressão suficiente para que a bolha de ar (bastante dolorosa) diminuir de tamanho e fazer desaparecer completamente a dor…
O tempo passado nos patamares de descompressão no mergulho é vital para se evitar os “bends”:
https://en.wikipedia.org/wiki/Decompression_sickness
Author
Muito Obrigado!
😉 Gostei especialmente “Esta ideia de se dar “tempo ao tempo” também se pode aplicar a súbitas mudanças sociais ou políticas…
😉
Ás vezes basta um ligeiro (subtil?) ajustamento na velocidade com que voltamos á superfície, depois de estar “no fundo do mar”…”
Muito Bom mesmo!