Esta notícia não é nada surpreendente: na verdade, é algo que já se sabia.
Há mais de 3 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos, Marte dispunha de uma atmosfera densa, similar à nossa. Essa atmosfera permitiu que Marte fosse mais quente e tivesse água líquida (lagos, rios e mares) à superfície.
No entanto, a atmosfera marciana foi-se gradualmente perdendo para o espaço, devido: à acção dos ventos solares (fluxo de partículas carregadas, maioritariamente protões e electrões) e à inexistência de um campo magnético que proteja a atmosfera dos ventos solares. (Marte também tem menos massa (gravidade) que a Terra). As erupções solares obviamente ampliam fortemente estes efeitos.
Marte tornou-se, assim, um planeta com uma fina atmosfera, frio e seco.
O interesse desta notícia é que a sonda MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution), da NASA, que se encontra em órbita de Marte, fez quatro análises que parecem apontar a validade desta explicação.
As medições permitiram determinar a taxa a que Marte está actualmente a perder a sua atmosfera (gás) para o espaço devido aos efeitos dos ventos solares. Sabe-se igualmente que durante erupções solares, a erosão da atmosfera aumenta significativamente. Sabe-se também que quando o sistema solar era mais jovem, o Sol era mais activo, e por isso a taxa de erosão deveria ser superior.
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[…] foi a pergunta mais feita após os dados da MAVEN mostrarem que Marte perdeu boa parte da sua atmosfera – e consequentemente sua água líquida na superfície – devido à ação do vento […]